quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Como começar bem o ano

Saiba como começar bem o ano de 2011


Santuário Nacional
Padre Rodrigo Arnoso, Prefeito de Igreja do Santuário Nacional

Pular sete ondas, comer lentilha, uvas, nozes... São muitas as superstições, mas neste dia que é o marco do início de um novo ano, certo mesmo é não se apegar em coisas externas, mas sim naquilo que é essencial: Deus, que dá sentido à vida.

“Neste dia que celebramos o nascimento de um novo ano, é preciso que nos coloquemos numa atitude de oração e de comprometimento de fazer em tudo, no ano que está chegando, a vontade do Pai”, ressalta o prefeito de Igreja do Santuário Nacional de Aparecida, padre Rodrigo Arnoso.


No dia 1º de janeiro, a Igreja comemora a solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, vendo que Nossa Senhora ao cumprir a vontade do Pai, fez-se toda de Deus, e assim, permitiu que Ele encontrasse nela habitação para vir ao encontro da humanidade, por meio do seu filho Jesus. Esse é o grande marco do ano que se inicia, explica o sacerdote.

Perdoar para recomeçar

O início de um novo ano é um momento, para muitos, de reflexão e recomeço; momento mais que oportuno de perdoar os outros e a si mesmo. “O perdão é um exercício que aprendemos diariamente, e se somos pessoas de Deus, nós conseguimos transpor muralhas que nos impedem de chegar ao outro, fazendo a experiência do perdão, do amor misericordioso do Pai”, elucida padre Rodrigo.

O psicólogo Élison Santos complementa: “os dias não vão mudar, o que muda somos nós. A vida nos dá a possibilidade de ter uma nova experiência com o mundo inteiro. Isso tem um valor muito importante psicologicamente”.

Mais família

Em vez do apego em superstições, o padre do Santuário de Aparecida aconselha o resgate da reunião familiar. “Não apenas para comer e beber, mas para partilhar a vida, os sentimentos e a alegria de fazer parte da família de Deus, e ter nessa terra uma família que é nossa primeira comunidade”, enfatiza.

Rever o comportamento, o tratamento dado, em especial, aos familiares é uma atitude fundamental para começar bem o ano, segundo o psicólogo Élison Santos. “Existem pessoas que eu preciso perdoar, na minha família, nas minhas relações de amizade ou profissionais? É preciso propor-se a mudar. Estar em paz com as pessoas é muito importante”, enfatiza.

Sem dívidas


Buscar negociações, quitar dívidas, rever as finanças são também atitudes importantes para começar bem um novo ano. “O aspecto financeiro é muito importante, particularmente para a vida de um casal”, destaca o psicólogo.

Mais saúde

É hora de fazer um check-up na saúde para saber como está o coração, a visão, a audição... E também é um bom momento para rever os hábitos alimentares para ter mais saúde e disposição, aconselha Dr. Élison.

Novas metas

Com os pés no chão e os olhos no Céu, o psicólogo ressalta que é preciso ter consciência dos compromissos sociais, como pais, filhos, profissionais ou estudantes, pois renovar as esperanças é também planejar. “O que a vida pede de mim em 2011?” é a pergunta fundamental, explica.

Os crescimentos intelectuais, espirituais e afetivos fazem parte do projeto de amadurecimento pessoal, bem como a busca por aperfeiçoamento através de cursos e uma boa formação, fazem parte do crescimento profissional.

Cada vida é única e especial, cada um tem um papel essencial na construção de um mundo de paz e fraternidade. “A vida tem sentido à medida que a vemos como missão. Depende de mim, mudar o mundo. Perguntar-se qual o sentido da sua vida para as pessoas que lhe cercam”, são reflexões para este novo ano complementa o psicólogo Élison Santos.


em: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=279702

sábado, 23 de outubro de 2010

Há mitos na Bíblia? Adão e Eva não existiram? Então há Poligenismo?



É patente alguns acharem lícito responder sim as perguntas do título, confirmando que nas Sagradas Palavras de Deus, contém inverdades como a Arca de Noé, Jonas e o “grande peixe”, que segundo os indivíduos que fazem estas prerrogativas, não existiram verdadeiramente e que na mesma Escritura existem mitos como o caso de Adão e Eva, que em tese seriam “metáforas” ou outros tipos de figuras de linguagem que não refletem a realidade e veracidade em si, esta linha de pensamento é norteada e proposta também por alguns teólogos católicos tendo como principal nome Teilhard de Chardin, que influenciados pelo modernismo teológico (evolução, modificação ou transformação do dogma) do séc. XIX constituíram uma tentativa de conciliar a crença evolucionista com a narração da Criação bíblica, aliando a teologia ao pensamento cientifico o que é típico do pensamento teológico modernista.

Sobre tal defronta ou sobreposição entre as ciências humanas e a doutrina revelada, disse (Pio XII) “Se tais conjecturas opináveis se opõem direta ou indiretamente à doutrina que Deus revelou, então esses postulados não se podem admitir de modo algum”.

Hoje essas afirmações estão presentes na chamada ‘Nova Teologia’ entre outros equívocos, acreditam estes no (Poligenismo) crença em que Adão e Eva prefiguram os “casais que originaram a raça humana” não foram nossos primeiros pais na realidade, sim alusão a os “vários pais”, contrariando o ensinamento católico (Monogenismo) crença na existência de Adão e Eva nossos únicos pais cujo descendemos, o Poligenismo é rejeitado pela Igreja por contradizer o pecado original e sua transmissão assim como a outros pontos teológicos. Se não existiram realmente Adão e Eva, não houve pecado original, onde fica então a redenção operada por Cristo na Cruz? É pretensiosa e de má fé esta crença.

O Concílio de Trento, (Sess. 5, can. 1): “o primeiro homem, Adão, transgrediu o mandamento de Deus”; can. 2: “o pecado de Adão afetou toda a descendência deste, à qual comunica culpa e morte”; e can. 3: “o pecado de Adão é um ato único; transmite-se por geração, não meramente por imitação”.

O Catecismo da Igreja Católica, no número 390 vêm dizer: “A Revelação dá-nos a certeza de fé de que toda a história humana está marcada pelo pecado original cometido pelos nossos primeiros pais.” (CIC nº 390)

Pio XII disse que não há liberdade nesta discussão estendida aos leigos sobre este assunto :

“Mas, tratando-se de outra hipótese, isto é, a do poligenismo, os filhos da Igreja não gozam da mesma liberdade, pois os fiéis cristãos não podem abraçar a teoria de que depois de Adão tenha havido na terra verdadeiros homens não procedentes do mesmo protoparente por geração natural, ou, ainda, que Adão signifique o conjunto dos primeiros pais; já que não se vê claro de que modo tal afirmação pode harmonizar-se com o que as fontes da verdade revelada e os documentos do magistério da Igreja ensinam acerca do pecado original, que procede do pecado verdadeiramente cometido por um só Adão e que, transmitindo-se a todos os homens pela geração, é próprio de cada um deles” [cf. Rom 5, 12-19]. (Papa Pio XII, Humani Generis, 35-39: 12 de agosto de 1950).

Mais voltando ao assunto especifico e central as Sagradas Escrituras contém mitos, metáforas, narrações imaginarias e etc. observando o contexto histórico dos escritos, retórica e Inerrância bíblica.

A exegese e hermenêutica tradicional da Igreja Católica, vetam a existência de tais argumentos encontrados entre os teólogos modernos, uns sucateiam as Escrituras e tentam rebaixá-las, desfiguradas, como ficaria a Inspiração do Espírito de Deus? Se nas mesmas existissem mitos, seriam então literalmente falsas algumas partes e narrativas da bíblia, tudo isto proporcionaria um passo para extrair a confissão de que há erros na Bíblia? Ou que pior que a Ressurreição de Cristo foi uma metáfora, mais não um fato histórico.

Obviamente é uma heresia, um erro gravíssimo, visto que "a inspiração divina estende-se a todas as partes da Bíblia sem a menor exceção, não podendo haver erro no texto inspirado" (Papa Bento XV, na Encíclica "Spiritus Paraclitus"). Infelizmente a propaganda teológica moderna traz confusão para alguns católicos pouco “letrados”.

“Todavia, o que se inseriu na Sagrada Escritura tirado das narrações populares, de modo algum deve comparar-se com as mitologias e outras narrações de tal gênero, as quais procedem mais de uma ilimitada imaginação do que daquele amor à simplicidade e à verdade que tanto resplandece nos livros do Antigo Testamento, [..]” (Papa Pio XII, Humani Generis).

Concílio Ecumênico Vaticano II, no documento Dei Verbum, declarou:

“Porque a sagrada Escritura é a Palavra de Deus tal como foi consignada por escrito sob a inspiração do Espírito Santo [...] a Palavra de Deus que foi confiada por Cristo e pelo Espírito Santo aos Apóstolos"

Leão XIII complementa sobre a assistência aos textos dizendo;

"Escreviam unicamente aquelas coisas que o Espírito Santo os ordenava escrever" (Papa Leão XIII, na Encíclica "Providentissimus Deus")

É certo que nossos primeiros Pais foram Adão e Eva, e que antes deles não existiram outros homens e nem houve ser humano posterior que não descenda deles. Assim ensina a Santa Igreja.

As figuras históricas de Adão e Eva e todo o episódio do pecado original, é testificada pelo exegeta francês, altamente autorizado pela Igreja, o Pe. Luís Claúdio Fillion:

“a narração é de uma grande beleza; todos seus detalhes são históricos e reais, de nenhum modo alegóricos ou figurados [....] A serpente [....] o que nos mostra que já, sob o reptil material e vulgar se escondia aquele que os primeiros rabinos chamavam, em lembrança a esse episódio, ‘a serpente antiga’, o chefe dos demônios. Porque o mal já havia penetrado no mundo” (L.-CL. Fillion, La Sainte Bible Commentée d’après la Vulgate et les textes originaux, Letouzey et Ané, Éditeurs, Paris, 1899, tomo I, p. 30).

Há ainda outros que duvidem dos livros que compõem o Pentateuco e sua autoria, então no séc. XIX a Comissão Pontifícia para os estudos bíblicos enviou ao arcebispo de Paris, dando parecer por carta sobre estas duvidas em torno da autenticidade do Pentateuco:

Dúvida I: Se os argumentos, acumulados pelos críticos para combater a autenticidade mosaica dos livros sagrados que se designam com o nome de Pentatêuco são de tanto peso que, sem ter em conta os muitos testemunhos de um e outro Testamento considerados em seu conjunto, o perpétuo consentimento do povo judeu, a tradição constante da Igreja, assim como os indícios internos que se tiram do próprio texto, dêem direito a afirmar que tais livros não têm a Moisés por autor, mas que foram compostos de fontes, na maior parte, posteriores à época mosaica. Resposta: negativamente”. (Resposta da Comissão Bíblica em 27 de Junho de 1906. Cfr. Denzinger, 1996).

Sobre esta carta lembrou o Papa Pio XII:

“Essa carta adverte claramente que os onze primeiros capítulos do Gênesis, embora não concordem propriamente com o método histórico usado pelos exímios historiadores greco-latinos e modernos, não obstante, pertencem ao gênero histórico em sentido verdadeiro, que os exegetas hão de investigar e precisar; e que os mesmos capítulos, com estilo singelo e figurado, acomodado à mente do povo pouco culto, contêm as verdades principais e fundamentais em que se apóia a nossa própria salvação, bem como uma descrição popular da origem do gênero humano e do povo escolhido. Mas, se os antigos hagiógrafos tomaram alguma coisa das tradições populares (o que se pode certamente conceder), nunca se deve esquecer que eles assim agiram ajudados pelo sopro da divina inspiração, a qual os tornava imunes de todo erro ao escolher e julgar aqueles documentos.”

“Os livros inspirados ensinam a verdade. «E assim como tudo o que os autores inspirados ou hagiógrafos afirmam, deve ser tido como afirmado pelo Espírito Santo, por isso mesmo se deve acreditar que os livros da Escritura ensinam com certeza, fielmente e sem erro, a verdade que Deus quis que fosse consignada nas sagradas Letras em ordem à nossa salvação»” (CIC nº 107).

Já no século passado alertava o Papa Pio XII “é deplorável a maneira extraordinariamente livre de interpretar os livros históricos do Antigo Testamento.” O que diria ele hoje da interpretação moderna que tem sido construída sobre os textos sagrados.

Mas observemos o que diz Cristo o consumador de nossa fé: “Passarão os céus e a terra, mas minhas palavras não passarão" (Mc. 8, 31; Lc. 21, 33; Mt 24, 35).

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

"ANTES DA ASSUNÇÃO, HOUVE MORTE"?


A morte é uma realidade presente na natureza humana, quem nasce nesse nosso habitat natural, seguramente há de morrer; porém, Aquele que criou a lei natural e todas as coisas, pode tudo, porque seu poder não tem limites, por isso, na história da salvação humana, vemos acontecimentos que transpõe os limites das leis físicas e nos dão a certeza da “Teofania Divina”, isto é, da intervenção de Deus sobre o tempo e as leis físicas que nos regem, como sinal de Sua revelação sobrenatural.

Dentre esses acontecimentos temos, no Antigo Testamento: a passagem do mar vermelho; a água que jorra da pedra em pleno deserto; o maná caído do céu como alimento para todo o povo de Deus; a queda das muralhas de Jericó, etc; já no Novo Testamento, temos: Jesus andando sobre as águas; a cura instantânea do paralítico, do homem da mão seca, da mulher com fluxo de sangue; a ressurreição da filha de Jairo, do filho da viúva de Naim e de Lázaro, etc.

Todavia, no tocante à morte dos filhos e filhas de Deus, essa “Teofania” se dá no que chamamos de “páscoa”, o mesmo que passagem, ou seja, a mudança da condição de limite à condição de não limite, que é a nossa participação na Sua Glória; em outras palavras, todas as virtudes da filiação divina atinge em nós a plenitude de suas potencialidades pela graça da Redenção operada por Cristo Jesus. Ora, em se tratando da Santíssima Virgem Maria, aquela que trouxe o Salvador dos homens em seu seio, esse acontecimento se dá de imediato (Cf. At 2,31), porque Deus, em Seu Plano de amor, se uniu a Ela perfeitamente, fazendo-a experimentar a plenitude das virtudes teologais pela unidade da natureza humana com a Sua Natureza divina. Desse modo, pela ação do Espírito Santo, Deus se fez Carne no seio da Virgem Mãe; e, por esse Mistério de Amor, a fez experimentar Sua divindade plenamente, levando-a a vivenciar todos os benefícios da Encarnação do Verbo, tendo como desfecho sua Assunção aos céus.

Portanto, se antes da assunção houve morte ou não, pouco importa; o importante é que houve a “Teofania Divina”, isto é, a intervenção de Deus na Páscoa da Virgem Mãe; como nos ensina o Papa Pio XII na Constituição Apostólica “Magnificentissimus Deus”. “Neste documento, o Papa se refere as relações entre a Imaculada Conceição e a Assunção, as petições recebidas para a definição dogmática, a consulta feita ao Episcopado, a doutrina concorde com o Magistério da Igreja. Resume os testemunhos da crença na Assunção, a devoção dos fiéis e o testemunho dos Santos Padres, dos teólogos escolásticos desde os primórdios, passando depois pelo período áureo e atingindo a escolástica posterior e os tempos modernos. Pondera o fundamento escriturístico e a oportunidade da mesma, e logo pronuncia, declara e define ser dogma divinamente revelado que “a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. (http://www.paroquias.org/noticias.php?n=6702).

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA ASSUNTA AO CÉU (Composta pelo Papa Pio XII)

“Oh Virgem Imaculada, Mãe de Deus e dos Homens. Cremos com todo o fervor de nossa fé em Tua triunfante Assunção em alma e corpo ao céu, onde és aclamada rainha por todo o coro dos anjos e por todos os Santos, e a eles nos unimos para louvar e bendizer o Senhor que Te exaltou sobre todas as demais criaturas: para oferecer-se a veemência de nossa devoção e de nosso amor”.

“E nós, que Te invocamos, Mãe nossa, nós Te tomamos como o fez João, como guia forte e consolo de nossa mortal vida. Nós temos a vivificante certeza de que teus olhos, que choraram na terra, banhada pelo sangue de Jesus, voltar-se-ão uma vez mais para este mundo presa da guerra, de perseguições, de opressão dos justos e dos fracos. E, em meio à escuridão deste vale de lágrimas, nós esperamos de Tua luz celestial e de Tua doce piedade, consolo para as aflições de nossos corações, para atribulações da Igreja e de nosso país.

“Cremos finalmente que na glória, na qual Tu reinas, vestida de sol e coroada de estrelas; Tu és, depois de Jesus, o gozo de todos os anjos e todos Santos. E nós, que nesta terra passamos como peregrinos, animados pela fé na futura ressurreição, olhamos para Ti, nossa vida, nossa doçura, nossa esperança. Atraí-nos para Ti com a mansidão de tua voz, para entregar-nos um dia, depois de nosso exílio, a Jesus, bendito fruto de Teu seio, ó graciosa, ó piedosa, ó doce Virgem Maria”.
(http://www.paginaoriente.com/titulos/dogmaass1508.htm)

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A MORTE NÃO É O FIM...




O que vejo no limiar da existência?
Naturalmente, nada além do limite...
Porém, não podemos esquecer:
o futuro, Deus nos dá a viver agora...
Sem demora, em total obediência,
sob sua proteção...

Eis que os nossos dias avançam...
rumo ao horizonte existencial,
onde haverá o fim de todo limite...
e de todo o mal...
Onde nos espera a herança eterna...
Logo após o julgamento final...

Para nós que cremos em Cristo
e seguimo-lo fielmente ao devir...
Esperamos a vida que não tem fim...
A Nova Jerusalém Celeste...
Casa da Paz definitiva...
Onde em Deus seremos Um...

Portanto...
A morte não é o fim...
Porque Jesus vive, reina e é o Senhor...
Ele, vencedor do pecado e de todo mal...
Autor e consumador de nossa fé...
Cujo Reino não tem fim...

Ele, que há de julgar os vivos e dos mortos...
E recompensará a cada um conforme as suas obras...
Por isso, não temas pequeno rebanho...
O Rei está chegando, ide ao seu encontro...
Preparemos nossas lâmpadas...
o festim real está prestes a começar...

Paz e Bem!


Frei Fernando,OFMConv.

...
E como será a Nova Criação?
São João a descreve em Apocalipse 7:

“Depois disso, vi quatro Anjos que se conservavam em pé nos quatro cantos da terra, detendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, sobre o mar ou sobre árvore alguma. Vi ainda outro anjo subir do oriente; trazia o selo de Deus vivo, e pôs-se a clamar com voz retumbante aos quatro Anjos, aos quais fora dado danificar a terra e o mar, dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de nosso Deus em suas frontes.

Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão, e bradavam em alta voz: A salvação é obra de nosso Deus, que está assentado no trono, e do Cordeiro. E todos os Anjos estavam ao redor do trono, dos Anciãos e dos quatro Animais; prostravam-se de face em terra diante do trono e adoravam a Deus, dizendo:

Amém, louvor, glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força ao nosso Deus pelos séculos dos séculos! Amém. Então um dos Anciãos falou comigo e perguntou-me: Esses, que estão revestidos de vestes brancas, quem são e de onde vêm? Respondi-lhe: Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro.

Por isso, estão diante do trono de Deus e o servem, dia e noite, no seu templo. Aquele que está sentado no trono os abrigará em sua tenda. Já não terão fome, nem sede, nem o sol ou calor algum os abrasará, porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os levará às fontes das águas vivas; e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos”. (Ap 7).
“Então o que está assentado no trono disse: Eis que eu renovo todas as coisas. Disse ainda: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras”. (Ap 21,5).


Postado por Frei Fernando no A CAMINHO DA ETERNIDADE em 9/23/2010 06:13:00 PM

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Oração



Senhor, vejo o teu rosto divino estampado...
na “imagem e semelhança” de cada ser humano...
Mas também vejo Senhor...
tantas almas afastadas de Ti...
Meu Deus, como isso pode acontecer?
E como será o devir dessas almas angustiadas longe de Ti?
Não o sei meu Senhor, mas, creio tanto no teu amor...
que as entrego prontamente à tua Divina Misericórdia...


Tende compaixão de nós pobres mortais...
Acossados, vilipendiados,
tentados pelas artimanhas do mal...
Vem em nosso socorro Jesus...
dá-nos o alívio nessa batalha que travamos...
contra o inimigo de nossas almas...
Como o deste ao ladrão arrependido na cruz...


Fica conosco Senhor...
como ficaste com os discípulos de Emaús...
logo após a tua ressurreição...
Dá-nos saborear tua sabedoria divina...
para que também os nossos corações...
tornem-se ardentes tanto quanto os deles...
Desse modo, Senhor, plenos do teu amor...
daremos o mesmo testemunho que eles deram de tua ressurreição...


Ó Senhor!
É tão agradável a tua companhia é tão maravilhosa,
que não tenho mais vontade de sair de perto de Ti...
Agora sei por que São Pedro quis construir...
aquelas tendas no monte Tabor...
Também sei por que Maria, irmã de Lázaro e Marta,
escolheu a melhor parte...
Porque conviver contigo Senhor, é a Felicidade sem fim...


Como meu Senhor aqueles homens de Jerusalém...
e cidades circunvizinhas não puderam te perceber
e ainda por cima te crucificaram?
Porque Senhor te ouvir é ouvir diretamente o Pai,
falando aos nossos corações...
dando-nos as instruções de como viver aqui Sua Vontade...
para a vivermos também na eternidade, no Reino dos Céus...


Senhor Jesus eu te amo...
não me deixe nem por um só instante...
porque sem a tua presença meu Senhor...
Eu nada sou...
Por isso, permita-me dizer como São Paulo disse:
“Já não sou eu que vivo,
é Cristo quem vive em mim”...


Senhor, contemplando teu modo de ser...
Como posso descrever teu convívio com a Mãe Santíssima?
Porque o Senhor é tão agradável que, de fato,
vê-LO no convívio com a Mãe amantíssima...
É um privilégio único, só capaz pelo Espírito Santo...


Esse privilégio é tão único Senhor,
que não cabem nas palavras descrever tão esplêndido encontro...
Creio que seja uma graça toda especial dada à poucos...
Por isso, não ouso Senhor, mas humildemente peço...
“Seja feita a Vontade do Pai,
assim na terra como nos céus”... Amém!


Paz e Bem!


Frei Fernando,OFMConv

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Deus mandou fazer muitas imagens na Bíblia


Deus mandou fazer muitas imagens na Bíblia
Que é Imagem?
Imagem é a representação de um objeto, de uma pessoa.
É imagem o retrato, um monumento, uma estátua, um quadro, a bandeira...
A bandeira do Brasil não é o Brasil, porém se alguém despreza a bandeira do Brasil, despreza o Brasil. Se alguém despreza a imagem de Maria, quer é desprezar a Mãe de Jesus.
Ainda é muito comum ouvir pessoas dizendo “Deus proibiu fazer imagens”, não é verdade Deus não quer é ídolos (falso deus) isso é o que Deus proíbe.
Na Bíblia em Êxodo 25 Deus pede a Moíses que os israelitas façam um santuário e descreve como Ele quer que seja o santuário e o que colocar no santuário. Êxodo 25, 18- 22 diz: “Farás dois querubins de ouro polido nas duas extremidades do propiciatório um de cada lado, de modo que os dois querubins estejam nos dois extremos do propiciatório... Ali me encontrarei contigo, e de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins colocados sobre a arca da aliança, eu te comunicarei tudo o que deves ordenar aos israelitas.”

A serpente no deserto
O povo de Deus estava no deserto com sede, com fome e começou a resmungar contra Moíses então Deus envia serpentes venenosas. O povo se arrepende das reclamações e pede a Moíses que interceda por eles perante Deus. Moíses intercede pelo povo e então Deus disse: “Faze uma serpente de bronze e coloca-a sobre uma haste. Todo aquele que for mordido e olhar para ela, será curado”. Então quando alguém era picado por uma serpente olhava para a serpente de bronze, ficava curado. Isso está escrito em Números 21, 4-9.
Também em I Reis 6,23-27 “no Santíssimo Salomão mandou instalar dois querubins de madeira de dez côvados de altura....O primeiro querubim tinha cinco metros de altura e da mesma forma o segundo.Colocou os querubins no meio da parte interior do templo ...”
Em Ezequiel 41,17 “Dentro e fora do templo, em volta de todas as paredes externas e internas estavam pintadas querubins e palmeiras.”
Em II Crônicas 3, 10 “No Santo dos Santos mandou erigir dois querubins esculpidos revestidos de ouro. A extensão total das asas dos querubins era de dez metros.”

Em gênesis 1, 27 “Deus criou o ser humano à sua imagem, a imagem de Deus o criou Homem e Mulher ele os criou”
Em Colossenses 1, 15 “Cristo é a imagem do Deus invisível”
Em Romanos 8, 29 “Pois aos que ele conheceu desde sempre, também os predestinou a se configurarem com a imagem de seu Filho ...”
Ter imagens em casa para nossa devoção é conforme a Bíblia. Como vimos, Deus mandou fazer muitas imagens na Bíblia. Quem diz que Deus proibiu, não conhece a Bíblia.
Referência
Livro: Espírito Santo para assumir a Igreja, autor Frei Battistini, 4º edição, 2008.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Veracidade do purgatório

Qual a base bíblica para a doutrina do Purgatório?
Alessandro Lima


Deus nos manda sermos santos: "Dirás a toda a assembléia de Israel o seguinte: sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo" (Lv 19,2).

A Bíblia ensina em diversas oportunidades que na morada de Deus não entra o pecado. Vejamos por exemplo Hebreus:

"E tão terrível era o espetáculo, que Moisés exclamou: Eu tremo de pavor. Vós, ao contrário, vos aproximastes da montanha de Sião, da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial, das miríades de anjos, da assembléia festiva dos primeiros inscritos no livro dos céus, e de Deus, juiz universal, e das almas dos justos que chegaram à perfeição, enfim, de Jesus, o mediador da Nova Aliança, e do sangue da aspersão, que fala com mais eloqüência que o sangue de Abel" (Hb 12,21-24) (grifos meus).

O Apocalipse confirma que na “cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial” só entrarão as “almas dos justos que chegaram à perfeição”, veja:

"Levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, revestida da glória de Deus. Assemelhava-se seu esplendor a uma pedra muito preciosa, tal como o jaspe cristalino [...] Nela não entrará nada de profano nem ninguém que pratique abominações e mentiras, mas unicamente aqueles cujos nomes estão inscritos no livro da vida do Cordeiro" (Ap 21,10-11.27) (grifos meus).

O próprio livro do Apocalipse é rico em referências ao necessário estado de santidade em que se encontram aqueles que JÁ ESTÃO no Céu, veja em Ap 3,5; 7,9.13-14; 22,14.

Por isso é que sabendo de tudo isso exclamou Davi:

"Senhor, quem há de morar em vosso tabernáculo? Quem habitará em vossa montanha santa? O que vive na inocência e pratica a justiça, o que pensa o que é reto no seu coração, cuja língua não calunia; o que não faz mal a seu próximo, e não ultraja seu semelhante. O que tem por desprezível o malvado, mas sabe honrar os que temem a Deus; o que não retrata juramento mesmo com dano seu, não empresta dinheiro com usura, nem recebe presente para condenar o inocente. Aquele que assim proceder jamais será abalado" (Sl 14).

Depois de todos estes exemplos, é evidente que a santidade exigida por Deus desde o Levítico (Lv 19,2) é necessária ao justo para entrar no céu (Ap 21,10-11.27).

Precisamos entender que o pecado não é só o ato de pecar, mas a própria vontade desejosa de pecar já é pecado pelo Senhor, antes mesmo que o pecado se concretize em atos. Com efeito, Ele disse: "Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração" (Mt 5,28) (grifos meus). O mesmo se confirma, por exemplo, em Hebreus: "Eu me indignei contra aquela geração, porque andavam sempre extraviados em seu coração e não compreendiam absolutamente nada dos meus desígnios" (Hb 3,10).

Acontece que o justo (aquele que se reconciliou com Deus) na maioria das vezes morre sem estar em estado de santidade, isto é, sua alma não se encontra entre as “almas dos justos que chegaram à perfeição” (cf. Hb 12,21-24). Se sua alma ainda não chegou à perfeição, significa que ele ainda possui vontade de pecar. Então como ele irá entrar no céu? Como irá entrar na “cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial”?

Claro que ele por ser justo não foi condenado ao inferno, porém pelo fato de ainda possuir inclinações ao pecado não pode entrar no Céu. Ele precisa então ser purificado de suas inclinações pecaminosas, este estado de purificação após a morte é que chamamos de Purgatório, pois purga, cura, o justo naquilo que ainda ele tiver de impuro.

O estado de purgatório não é uma substituição do sacrifício de Cristo na cruz, mas é uma continuação da Graça dispensada por Deus devido ao Sacrifício na Cruz. Ora, sabemos que a Graça do Espírito Santo nos foi dada por causa do Sacrifício de Cristo na Cruz. Esta Graça opera no homem santificando-o progressivamente, conforme muitas vezes ensinou S. Paulo: "É por isso que não desfalecemos. Ainda que exteriormente se desconjunte nosso homem exterior, nosso interior renova-se de dia para dia" (2Cor 4,16). Ver também Cl 3,9-10.

Dizer que o purgatório substitui a salvação de Cristo é o mesmo que dizer que a ação da Graça pelo Espírito Santo faz o mesmo. As duas coisas são ações da Graça de Deus, para nossa salvação por meio de Cristo.

Porém, por uma falta de maior colaboração do homem com a Graça, esta renovação do homem velho para o homem novo, muitas vezes não se completa na vida terrena, e precisa ser completada após a morte. Sobre isso Jesus ensinou: "Todo o que tiver falado contra o Filho do homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste mundo, nem no mundo vindouro" (Mt 12,32).

Ora, que tipos de pecados podem ser perdoados “no mundo vindouro”? Estes pecados são as inclinações pecaminosas que ainda subsistem na alma que morre na imperfeição. A expressão “no mundo vindouro” utilizada pelo Senhor é referência ao mundo pós-mortem.

Jesus ainda disse: "Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão. Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo" (Mt 5,25-26) (grifos meus). Aqui há uma alusão do Senhor de que devemos colaborar com a Graça em vida, pois mesmo que o juiz nos ache justo, não teremos liberdade (morar no céu) até que todo pecado seja purgado (“teres pago o último centavo”), pois na “cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial” só entrarão as “almas dos justos que chegaram à perfeição” (cf. Hb 12,21-24). Veja ainda Mt 18,23-35; Lc 12,58-59.

S. Paulo também ensinou sobre o estado de purgatório das almas: "Quanto ao fundamento, ninguém, pode pôr outro diverso daquele que já foi posto: Jesus Cristo. Agora, se alguém edifica sobre este fundamento, com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com madeira, ou com feno, ou com palha, a obra de cada um aparecerá. O dia (do julgamento) demonstra-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa. Se pegar fogo, arcará com os danos. Ele será salvo, porém passando de alguma maneira através do fogo" (1Cor 3,10-15) (grifos meus).

Assim como o as impurezas do ferro são tiradas no fogo, as impurezas da alma são sanadas no fogo do purtagório.

Na pergunta que tratamos de responder, o autor coloca o ano de 593 d.C sugerindo que nesta data tenha sido inventada a doutrina do purgatório. Quem consulta as fontes primitivas da Fé e faz uma coisa destas age com notória falta com a Verdade. Talvez o autor da questão tenha copiado o ano de outra fonte, de qualquer forma é preciso investigar, agindo com toda honestidade.

Muito antes de 593 d.c já encontramos entre os primeiros cristãos a fé no estado de purgatório.

Tertuliano em meados do séc. II em sua obra “De an. 58” dá testemunho da fé primitiva na crença em que os justos que não morriam em estado total de perfeição, purgavam o restante de suas inclinações ao pecado, num estado intermediário entre o inferno e o céu, normalmente referido por sheol. (1).

Na virada dos entre os séc. II e III, Orígenes também testifica a doutrina do purgatório em sua obra Num. Hom. 15. O mesmo se dá em Clemente de Alexandria em Edsman 1-4. (ibidem).

No século III, Cipriano de Cartago reafirma a crença antiga no purgatório na sua Epístola 55,22. O mesmo o faz Ambrósio de Milão em In. Ps. 36,36. (ibidem)

Já no século IV é a vez de Gregório de Nissa em Or. De mort. e Cesário de Arles em Serm. 167 e 179. (ibidem).

Na virada do século IV para o V, Agostinho escreve amplamente sobre o tema em sua obras “O cuidado devido aos mortos” e “Cidade de Deus”.

O Papa Gregório que foi referenciado na pergunta, no séc V (e não em 593) em sua obra Dial 4,39 escreveu: "Desta afirmação (Mt 12,31), podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras no século futuro".

Conforme já o demonstramos, a doutrina ensinada pelo Papa não é novidade de seu tempo, mas uma reiteração da perene doutrina do estado de purgatório, logo que SEMPRE FOI CRIDA pelos primeiros Cristãos.

Somente a Verdadeira Fé pode ser demonstrada sem dificuldades pela Bíblia e encontrada no testemunho dos primeiros cristãos. Notem que nem foi preciso utilizar qualquer um dos sete livros deuterocanônicos que Lutero arrancou da Bíblia.

As obras dos Pais da Igreja podem ser encontradas online em:

- no sítio da Enciclopédia Católica dos EUA (http://www.newadvent.org/fathers).

- em português na seção “Patrística” de nosso sítio ou na Central de Obras do Cristianismo Primitivo (COCP) em http://www.nabeto.ihshost.com/cocp/.

Notas
(1) BERARDINO, Angelo Di. Dicionário Patrístico e de Antiguidades Cristãs. Tradução de Cristina Andrade; organizado por Angelo Di Berardino. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. Verbete Purgatório, pg. 1203.

sábado, 7 de agosto de 2010

A Igreja Católica Apostólica Romana é a unica e verdadeira fundada por Jesus Cristo




Muitas vezes, somos tentados por argumentos incoerentes, e interpretações erradas da palavra de Deus, a abandonar a verdadeira Igreja, leia com atenção esse texto e tire suas dúvidas:




Escrito por Pe. Alberto Gambarini

Saiba como foi fundada a Igreja e os fundamentos de sua hierarquia


A ORIGEM DA IGREJA DE CRISTO

· Jesus Cristo tinha intenção de fundar uma Igreja?

· Que significa a palavra Igreja?

· Existem figuras bíblicas que dizem respeito à Igreja?

· Quantas igrejas Jesus fundou?

· Existe a expressão igreja católica na Bíblia?

· Que significa falar que a Igreja deve ser una, santa, católica e apostólica?

A Igreja católica apostólica romana é a única Igreja de Cristo?

A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA: A HIERARQUIA

· Que é hierarquia?

· Qual a origem da hierarquia?

· Existem figuras bíblicas que dizem respeito à Igreja?

 Como entender a figura do papa sendo continuação do ministério de Pedro?

A ORIGEM DA IGREJA DE CRISTO

Jesus Cristo tinha intenção de fundar uma Igreja?
Sim. A prova bíblica de sua intenção, a encontramos em (Mt 16,18): "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela".

Outras passagens são também importantes para constatarmos o propósito de Jesus em fundar a Igreja:

A escolha dos doze apóstolos:

- Depois subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram a Ele. Designou doze entre eles para ficar em sua companhia". (Mc 3,13-14).

- A escolha precisa de doze apóstolos tem um significado muito importante. O Senhor lança os fundamentos do novo povo de Deus. Doze eram as tribos de Israel, surgidas dos doze filhos de Jacá; doze foram os apóstolos para testemunhar a continuidade do Plano de Deus por meio da Igreja.

A Última Ceia

- "Tomou em seguida o pão e, depois de ter dado graças , partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: Este é o cálice da nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós..." (Lc 22,19-20).

- Assim como era costume para os judeus, Jesus também reuniu os seus apóstolos para celebrar a páscoa. Durante esta cerimônia foi celebrada a última ceia. Jesus se apresenta como o novo e verdadeiro cordeiro, dá aos seus seguidores o alimento do Seu corpo e sangue.

- As palavras "fazei isto em memória de mim" apresentam o distintivo do novo povo de Deus. Deste modo, a última ceia passou a ser o alicerce e o centro da vida da Igreja que estava nascendo. Afinal, por meio da ceia o Senhor se torna de um modo mais forte presente entre o seu povo.

- E, finalmente, segundo Santo Agostinho, a Igreja começou "onde o Espírito Santo desceu do céu e encheu 120 pessoas que se encontravam na sala do cenáculo". O derramar do Espírito, em Pentecostes, foi como a inauguração oficial da Igreja para o mundo.

Que significa a palavra Igreja?
A palavra Igreja deriva de outra palavra grega que significa assembléia convocada. Neste sentido a Igreja é a reunião de todos os que respondem ao chamado de Jesus: "...ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor" (Jo 10,16).

Existem figuras bíblicas que dizem respeito à Igreja?
Sim. As principais são:

- Corpo de Cristo (1Cor 6,12-20; 10,14-22; 12,12-31; Rm 12,4-8)

- Esposa de Cristo (Ef 5,21-33; 2Cor 11,2)

- Novo povo de Deus (lPd 2,9)

Essa figura tem a sua origem no Antigo Testamento, em que vemos Deus escolhendo um povo (Israel), do qual a Igreja de Cristo passa a ser a herdeira.

Quantas igrejas Jesus fundou?
Examinando os textos bíblicos já apresentados, somos levados a concluir que Jesus fundou somente uma Igreja.

A Pedro disse: "...sobre esta pedra edificarei a minha Igreja" (Mt 16,18); apresentou-se como o bom pastor dizendo: "...haverá um só rebanho e um só pastor" (Jo 1016); na sua oração sacerdotal orou ao Pai: "...para que sejam um, como nós somos um... para que sejam perfeitos na unidade..." (Jo 17,22.23); as figuras bíblicas usadas pelos primeiros cristãos atestam a visão de uma única Igreja: Jesus só pode ser a cabeça de um corpo, do mesmo modo como somente pode desposar uma noiva, assim como Deus teve somente um povo entre os vários povos.

Existe a expressão igreja católica na Bíblia?
Não. A palavra católica em relação à Igreja foi usada pela primeira vez no segundo século da era cristã pelo bispo de Antioquia, Santo Inácio, na carta dirigida aos esmirnenses: "Onde quer que se apresente o bispo, ali também esteja a comunidade, assim como a presença de Jesus nos assegura a presença da Igreja católica"(8,2). Foi empregada para destacar o sentido universal da Igreja de Cristo.

Aos poucos a palavra católica foi sendo usada para definir aqueles que estavam de fato seguindo a doutrina de Jesus. No final do século II, a igreja cristã já era conhecida como Igreja católica.

Quais as características para identificar a Igreja de Cristo?
No credo do Primeiro Concílio de Constantinopla (ano 381), são apresentados os traços que permitem reconhecer os sinais da Igreja de Cristo: "Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica"

Que significa falar que a Igreja deve ser una, santa, católica e apostólica?
- A Igreja deve ser UMA do mesmo modo como existe "um só Senhor, uma só fé, um só batismo" (Ef 4,5). Como já examinamos anteriormente, a intenção de Jesus Cristo foi fundar uma só Igreja.

- A Igreja é SANTA em virtude do seu fundador: Jesus Cristo. Foi ela que recebeu uma promessa fundamental: "...as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16,18). Deste modo, a razão da própria existência da Igreja está em ser um instrumento de santificação dos homens: "Santifico-me por eles para que também eles sejam santificados pela verdade" (Jo 17,19).

- A Igreja é CATÓLICA porque foi estabelecida para reunir os homens de todos os povos, para formar o único povo de Deus: "Ide, pois, ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19).

A Igreja é APOSTÓLICA porque está construída sobre o "fundamento dos apóstolos..." (Ef 2,20). A garantia da legitimidade da Igreja está na continuidade da obra de Jesus por meio da sucessão apostólica. Tudo o que Jesus queria para a sua Igreja foi entregue aos cuidados dos apóstolos: a doutrina, os meios para santificação e a hierarquia.

A Igreja católica apostólica romana é a única Igreja de Cristo?
Encontramos a resposta em uma afirmação do Concílio Vaticano II: "A única Igreja de Cristo(...) é aquela que nosso Salvador, depois da sua Ressurreição, entregou a Pedro para apascentar (Jo 21,17) e confiou a ele e aos demais apóstolos para propagá-la e regê-la (Mt 28,l8ss), levantando-a para sempre como coluna da verdade (1Tm 3,15)... Esta Igreja(...) subsiste na Igreja católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele" (LG 8).

Entretanto, a Igreja católica reconhece que nestes quase 2000 anos de cristianismo os homens, por causa de seus pecados, arranharam a unidade do Corpo de Cristo. Essas divisões fizeram surgir novas denominações. Observa a Igreja que em muitas delas existem "elementos de santificação e de verdade" (LG 8).

A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA: A HIERARQUIA

Que é hierarquia?
Significa governo sagrado. Trata-se do conjunto de pessoas que foram encarregadas por Jesus Cristo para ensinar, santificar e pastorear o Seu rebanho.

Qual a origem da hierarquia?
Veio da própria vontade de Jesus Cristo de garantir a continuidade segura de Sua obra.

Existem provas bíblicas da intenção de Jesus em instituir a hierarquia?
Sim. Começando pela escolha dos doze apóstolos: "Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze entre eles que chamou de Apóstolos..." (Lc 6,13); durante três anos, eles foram preparados para a missão de zelar pela integridade da pregação da Palavra. Os apóstolos receberam missão de ensinar e batizar (Mt 28,19), perdoar os pecados (Jo 20,23), celebrar a Eucaristia (Lc 22,14-20) e governar a Igreja (Mt 18,18).

Também destaca-se a escolha daquele a quem foi dada uma autoridade diferente da dos outros apóstolos diante da Igreja : "...Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros" (Jo 21,15). Em outros textos fica confirmado o encargo especial confiado a Pedro: (Mt 16,18-19 e Lc 22,31-32 e Jo 21,15).

Uma leitura atenta e fiel do livro dos Atos dos Apóstolos e das cartas do Novo Testamento constata a existência de uma hierarquia, isto é, de um governo dentro da Igreja. Assim foram desde cedo instituídos pelos apóstolos: os diáconos (At 6,2-6); os bispos e presbíteros (anciãos) (At 14,23; 20,17). Dignas de destaque são as palavras de saudação de Paulo aos filipenses: "Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Jesus Cristo, que se acham em Filipos, juntamente com os bispos e diáconos..." (Fl 1,1).

E, finalmente, é fundamental conhecer o pensamento de um dos dirigentes da igreja primitiva, São Clemente de Roma, que por volta do ano 96 escreveu uma carta dirigida aos coríntios afirmando que os apóstolos: "deram instruções no sentido de que1 após a morte deles, outros homens comprovados lhe sucedessem no ministério"(44). Aí já vislumbramos o embrião da organização da estrutura da Igreja.

No século II da era cristã, já encontramos três graus bem distintos da hierarquia: bispo, presbítero e diácono. Muito importantes são os escritos de Santo Inácio de Antioquia para entender como a Igreja vivia a fé naquele tempo. Em sua carta aos filadélfios escreve: "Sede solícitos em tomar parte numa só Eucaristia, porquanto uma só é a carne de nosso Senhor Jesus Cristo, um o cálice para a união com seu sangue; um o altar, assim como também um é o Bispo, junto com o seu presbitério e diáconos... "(4)

Estes poucos testemunhos dão a prova do propósito de Jesus levado á frente pelos primeiros cristãos na organização da Igreja com uma hierarquia. Pertencem a ela aqueles que receberam o sacramento da ordem, isto é, o bispo, presbítero e diácono. E assim até em nossos dias a Igreja tem sido governada.

Como entender a figura do papa sendo continuação do ministério de Pedro?
Por vontade exclusiva de Nosso Senhor Jesus Cristo, Pedro foi colocado na frente dos doze apóstolos com uma missão especial. Assim como no Antigo Testamento, Moisés, o Pastor de Israel, foi sucedido por Josué, também Pedro entregou o seu serviço de unidade a seus sucessores.

Os atos de Jesus não visavam unicamente ao tempo dos apóstolos. Existia a preocupação de garantir a continuidade da Sua obra em todos os tempos. Portanto, as palavras dirigidas a Pedro não são exclusivamente ã sua pessoa física, mas dizem respeito a um ministério (serviço) dentro da Igreja.

O texto fundamental para entender o primado de Pedro é o de Mt 16,18: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: Tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus".

Nestas palavras encontramos dados importantes:

- Jesus trocou o nome de Simão para Pedro. Para a Bíblia toda mudança de nome significa a entrega de uma missão. O nome escolhido foi incomum para a tradição dos judeus. A finalidade fica clara quando sabemos que Pedro e pedra são escritos do mesmo modo na língua em que Jesus falava (aramaico). Pedro recebeu este nome para significar que Jesus, a pedra angular, o estabeleceu para ser uma pedra visível, a fim de garantir a unidade da Sua Igreja em todos os tempos.

- A Igreja guiada por Pedro recebe a garantia de que as forças do mal não poderão destruí-la: "as portas do mal não prevalecerão contra ela..."

- Pedro recebeu "as chaves do Reino". Na Bíblia elas são o símbolo de autoridade (Is 22,22; Ap 1,7; 3,7ss; 9,1; 20,1). A missão de Pedro passa a ser a de um poder exercido em nome de Cristo sobre toda a Igreja.

- E por último a promessa "ligar ... e desligar" revela a função de garantir a integridade do depósito da fé.

Desde cedo destaca-se entre todos os bispos a figura do bispo de Roma como uma liderança dentro da Igreja. Nessa cidade morreram Pedro e Paulo, e também ali aconteceram as mais duras perseguições dos imperadores romanos. O bispo de Roma nunca foi contestado quanto à pretensão de ser o legítimo sucessor de Pedro.

A história da Igreja confirma a posição do bispo de ROMA. No ano 96, São Clemente, bispo de Roma, escreve uma carta aos cristãos de Corinto corrigindo os erros desta igreja particular. No final do século II, Santo Irineu de Lião declara na sua carta contra as heresias: e necessário que todas as Igrejas concordem com esta Igreja". Alguns séculos mais tarde Felipe, um enviado do papa ao Concílio de Éfeso (431), dirige uma mensagem aos bispos ali reunidos: "ninguém duvida, e de fato é conhecido em todas as idades, que o bem-aventurado São Pedro, príncipe e cabeça dos apóstolos, pilar da fé e fundamento da Igreja católica, recebeu as chaves do reino de Nosso Senhor Jesus Cristo, Salvador e Redentor do gênero humano; e que, até os nossos dias e para sempre, é ele que, na pessoa dos seus sucessores...

Aprendemos com a Bíblia e com o testemunho da história da Igreja que o papa é bispo de Roma, e ao mesmo tempo aquele que tem a missão de zelar por toda a Igreja, pois assim foi desejado pelo próprio Jesus Cristo.

Pe. Alberto Luiz Gambarini
trechos extraídos do livro Em que cremos?

fonte: http://www.universocatolico.com.br/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=732

terça-feira, 3 de agosto de 2010

OS PRETENSOS "IRMÃOS DE JESUS"


Bíblicamente falando, não existe irmãos consanguíneos de Jesus, isto é, outros filhos de Maria e de José além de Jesus, uma vez que os relatos bíblicos não o demonstram. O que existe, de fato, são interpretações protestantes para algumas passagens dos Evangelhos (Cf. Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20; Jo 7, 1-10), querendo, com isso, contestar a doutrina católica da virgindade perpétua de Maria; mas essas interpretações são facilmente refutadas pelos próprios relatos bíblicos e pela Tradição da Igreja.


Ora, o uso de interpretações subjetivas contraria o princípio da Verdade Divina; é isso o que afirma São Pedro em uma de suas cartas: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus”. (2Ped 1,20-21). Logo, só o Espírito Santo dar o sentido verdadeiro ao que inspirou e isso Ele o faz por meio da Igreja que Ele mesmo conduz, pois, a Igreja é aquela que guarda o Depósito da Fé verdadeira que nos leva a perseverar até o fim na graça da salvação (Cf. Mt 24,13).


Quem são os pretensos “irmãos de Jesus”? (*)


Em diversos lugares, os Evangelhos falam desses “irmãos”. São Marcos e São Lucas referem que “estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos que querem te ver" (Cf. Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20). São João, por sua vez, também fala de tais “irmãos” (Cf. Jo 7, 1-10).


Ora, essa suposta objeção protestante (“Maria teve outros filhos”) revela apenas a tamanha ignorância da Bíblia que dizem conhecer, mas na verdade não conhecem porque a interpretam ambiguamente quando a leem com os olhos da desobediência, vejamos por que. As línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzam os termos “primo” ou “prima” comum em outros idiomas e também no nosso, por isso, servem-se das palavras “irmão”, “irmã”. A palavra hebraica “ha”, e a aramaica “aha”, são empregadas para designar “'irmãos” ou “irmãs” do mesmo pai, não da mesma mãe (Cf. Gn 37, 12-17; 42,5-8; 43, 5; 49, 8); sobrinhos, primos irmãos (Cf. 1 Cro 23, 21-22), e primos segundos (Cf. Lv 10, 4), e até “parentes” em geral (Cf. Jó 19, 13-14; 42, 11). Logo, vemos que essas passagens demonstram, inequivocamente, que a palavra “irmão” era uma expressão genérica, geral, muito usada naquele tempo e naquela cultura.


No Novo Testamento, a expressão, “irmãos de Jesus”, era usada com o mesmo sentido semítico do Antigo Testamento, pois são da mesma cultura e mesma língua. Desse modo, os “irmãos de Jesus” não eram filhos de Maria e José. Constatemos as evidências: "Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs? E ficaram perplexos a seu respeito”. (Mc 6,3).




Ora, esses supostos “irmãos de Jesus” indicados no Evangelho de São Marcos, na verdade, conforme afirma São Lucas, são filhos de Alfeu Cleofas: “Chamou Tiago, filho de Alfeu... e Judas, irmão de Tiago" (Lc 6, 15-16). Quanto ao outro pretenso irmão de Jesus chamado “José”, São Mateus diz que é irmão de Tiago: "Entre elas se achavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu." (Mt 27, 56). Essa Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de São José, mas esposa de Alfeu Cleofas, citada acima por São Lucas; ela era também a irmã de Nossa Senhora, como se lê no Evangelho de São João: "Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena". (Jo 19,25). Quanto a Simão, é também irmão dos outros três, Tiago, José e Judas, filhos de Maria e Alfeu Cleofas. Logo, “os pretensos irmãos de Jesus” são verdadeiramente irmãos entre si, porém, filhos de Maria e Alfeu Cleofas e não de Maria Mãe de Jesus.


Ainda outras evidências que derrubam a objeção protestante: Por que os evangelhos nunca chamam os “irmãos de Jesus” de filhos de Maria ou de José, como o fazem em relação à Jesus? (Cf. Mt 13,55a) E como, durante toda a vida da Sagrada Família, o número de seus membros é sempre três? A fuga para o Egito e volta para Nazaré (Cf. Mt 2,13-23); a perca e o encontro do menino Jesus no templo (Cf. Lc 2,41-52).


Mais uma outra evidência, se Nossa Senhora tivesse outros filhos, ela não teria ficado aos cuidados de São João Evangelista, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés. Vejamos o que diz São João: “Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa”. (Jo 19,26-27).


Desse modo, fica provado que a objeção protestante não passa de um equívoco interpretativo subjetivista e nada mais.


Paz e Bem!


Frei Fernando,OFMConv.


(*) Inspiração tirada de: http://www.lepanto.com.br/dados/ApMariaSS.html
(23/07/10).
Postado por Fr Fernando,OFMConv no A CAMINHO DA ETERNIDADE em 7/30/2010 09:00:00 AM

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Doutrina do Purgatório



Desde os primórdios a Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Mt 28,20; Jo 14,15.25; 16,12´13), acredita na purificação das almas após a morte, e chama este estado, não lugar, de Purgatório.Ao nos ensinar sobre esta matéria, diz o nosso Catecismo:

“Aqueles que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, estão certos da sua salvação eterna, todavia sofrem uma purificação após a morte, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu” (CIC, §1030).Logo, as almas do Purgatório “estão certas da sua salvação eterna”, e isto lhes dá grande paz e alegria.Falando sobre isso, disse o Papa João Paulo II: “Mesmo que a alma tenha de sujeitar-se, naquela passagem para o Céu, à purificação das últimas escórias, mediante o Purgatório, ela já está cheia de luz, de certeza, de alegria, porque sabe que pertence para sempre ao seu Deus.” (Alocução de 03 de julho de 1991; LR n. 27 de 07/7/91)

O Catecismo da Igreja ensina que: “A Igreja chama de purgatório esta purificação final dos eleitos, purificação esta que é totalmente diversa da punição dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório principalmente nos Concílios de Florença (1438´1445) e de Trento (1545´1563)” (§ 1031).”Este ensinamento baseia-se também sobre a prática da oração pelos defuntos de que já fala a Escritura Sagrada:#8216; Eis porque Judas Macabeus mandou oferecer este sacrifício expiatório em prol dos mortos, a fim de que fossem purificados de seu pecado#8217; (2 Mac 12,46). Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em favor dos mesmos, particularmente o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos” (§1032).Devemos notar que o ensinamento sobre o Purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus, cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus. Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. O autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, louva a ação de Judas: “Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis porque ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos do seu pecado”. (2 Mac 12,44s) Neste caso, vemos pessoas que morreram na amizade de Deus, mas com uma incoerência, que não foi a negação da fé, já que estavam combatendo no exército do povo de Deus contra os inimigos da fé.Todo homem foi criado para participar da felicidade plena de Deus (cf. CIC, §1), e gozar de sua visão face-a-face. Mas, como Deus é “Três vezes Santo”, como disse o Papa Paulo VI, e como viu o profeta Isaías (Is 6,8), não pode entrar em comunhão perfeita com Ele quem ainda tem resquícios de pecado na alma. A Carta aos Hebreus diz que: “sem a santidade ninguém pode ver a Deus” (Hb 12, 14). Então, a misericórdia de Deus dá-nos a oportunidade de purificação mesmo após a morte. Entenda, então, que o Purgatório, longe de ser castigo de Deus, é graça da sua misericórdia paterna.O ser humano carrega consigo uma certa desordem interior, que deveria extirpar nesta vida; mas quando não consegue, isto o leva a cair novamente nas mesmas faltas. Ao confessar recebemos o perdão dos pecados; mas, infelizmente, para a maioria, a contrição ainda encontra resistência em seu íntimo, de modo que a desordem, a verdadeira raiz do pecado, não é totalmente extirpada. No purgatório essa desordem interior é totalmente destruída, e a alma chega à santidade perfeita, podendo entrar na comunhão plena com Deus, pois, com amor intenso a Ele, rejeita todo pecado.Com base nos ensinamentos de São Paulo, a Igreja entendeu também a realidade do Purgatório. Em 1Cor 3,10, ele fala de pessoas que construíram sobre o fundamento que é Jesus Cristo, utilizando uns, material precioso, resistente ao fogo (ouro, prata, pedras preciosas) e, outros, materiais que não resistem ao fogo (palha, madeira). São todos fiéis a Cristo, mas uns com muito zelo e fervor, e outros com tibieza e relutância. E Paulo apresenta o juízo de Deus sob a imagem do fogo a provar as obras de cada um. Se a obra resistir, o seu autor “receberá uma recompensa”; mas, se não resistir, o seu autor “sofrerá detrimento”, isto é, uma pena; que não será a condenação; pois o texto diz explicitamente que o trabalhador “se salvará, mas como que através do fogo”, isto é, com sofrimentos.O fogo neste texto tem sentido metafórico e representa o juízo de Deus (cf. Sl 78, 5; 88, 47; 96,3). O purgatório não é de fogo terreno, já que a alma, sendo espiritual, não pode ser atingida por esse fogo. No purgatório a alma vê com toda clareza a sua vida tíbia na terra, o seu amor insuficiente a Deus, e rejeita agora toda a incoerência a esse amor, vencendo assim as paixões que neste mundo se opuseram à vontade santa de Deus. Neste estado, a alma se arrepende até o extremo de suas negligências durante esta vida; e o amor a Deus extingue nela os afetos desregrados, de modo que ela se purifica. Desta forma, a alma sofre por ter sido negligente, e por atrasar assim, por culpa própria, o seu encontro definitivo com Deus. É um sofrimento nobre e espontâneo, inspirado pelo amor de Deus e horror ao pecado.


Pensamentos Consoladores sobre o Purgatório.

O grande doutor da Igreja, São Francisco de Sales (1567´1655), tem um ensinamento maravilhoso sobre o purgatório. Ele ensinava, já na idade média, que “é preciso tirar mais consolação do que temor do pensamento do Purgatório”. Eis o que ele nos diz:

1 As almas ali vivem uma contínua união com Deus.

2 Estão perfeitamente conformadas com a vontade de Deus. Só querem o que Deus quer. Se lhes fosse aberto o Paraíso, prefeririam precipitar-se no inferno a apresentar-se manchadas diante de Deus.

3 Purificam-se voluntariamente, amorosamente, porque assim o quer Deus.

4 Querem permanecer na forma que agradar a Deus e por todo o tempo que for da vontade Dele.
5 São invencíveis na prova e não podem ter um movimento sequer de impaciência, nem cometer qualquer imperfeição.

6 Amam mais a Deus do que a si próprias, com amor simples, puro e desinteressado.

7 São consoladas pelos anjos.

8 Estão certas da sua salvação, com uma esperança inigualável.

9 As suas amarguras são aliviadas por uma paz profunda.

10 Se é infernal a dor que sofrem, a caridade derrama-lhes no coração inefável ternura, a caridade que é mais forte do que a morte e mais poderosa que o inferno.

11 O Purgatório é um feliz estado, mais desejável que temível, porque as chamas que lá existem são chamas de amor.

(Extraído do livro O Breviário da Confiança, de Mons. Ascânio Brandão, 4a. ed. Editora Rosário, Curitiba, 1981)
Fonte: www.apelosdoceu.com

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Assinado documento que propoe a legalizacao do aborto


A TODOS OS QUE COMPREENDEM O VALOR DA VIDA:

NO MAIS COMPLETO SILÊNCIO MIDIÁTICO, O GOVERNO BRASILEIRO, EM CONJUNTO COM A ONU, ACABA DE DESFECHAR UM NOVO E DURO GOLPE CONTRA O DIREITO FUNDAMENTAL À VIDA.

É mais um atentado à dignidade da vida humana que se soma aos inúmeros já realizados, neste mesmo sentido, pelo governo brasileiro nos últimos oito anos.
Através da Secretaria de Políticas para as Mulheres, encabeçada pela Ministra Nilcéia Freire, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de assinar um documento, no âmbito do direito internacional, que propõe para todos os governos da América Latina, inclusive o Brasil, a completa legalização do aborto.
O documento foi aprovado na sexta feira, dia 16 de julho de 2010, em Brasília, por ocasião da conclusão da XIª Conferencia Regional sobre a Mulher da América Latina e Caribe, promovida pela CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e Caribe da ONU) em conjunto com a Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo Lula, e realizada em Brasília entre 12 e 16 de julho de 2010.
O texto final do documento exorta os governos da América Latina a legalizarem o aborto quando pede para:
"PROMOVER A SAÚDE INTEGRAL E OS DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS DAS MULHERES, REVISANDO AS LEIS QUE PREVÊEM MEDIDAS PUNITIVAS CONTRA AS MULHERES QUE TENHAM COMETIDO ABORTOS, E GARANTINDO A REALIZAÇÃO DO ABORTO EM CONDIÇÕES SEGURAS NOS CASOS AUTORIZADOS POR LEI".

http://www.eclac. org/mujer/ conferencia/ doc/ConsensoBras ilia-portugues. pdf

Com exceção de um blog ligado ao jornal O GLOBO do Rio de Janeiro, os demais jornais não estão comentando as denúncias desta mensagem.
Em uma matéria intitulada "GOVERNO VOLTA A DEFENDER EM DOCUMENTO OFICIAL", publicada em um blog ligado ao jornal O GLOBO, o jornalista Evandro Éboli faz o seguinte comentário:
"DOIS MESES APÓS TER SIDO EXCLUÍDA DO 3º PROGRAMA NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS, A DESCRIMINALIZAÇÃ O DO ABORTO VOLTOU A SER DEFENDIDA OFICIALMENTE NO DOCUMENTO "CONSENSO DE BRASÍLIA", RESULTADO DA XIª CONFERÊNCIA REGIONAL SOBRE MULHERES DO CARIBE E DA AMÉRICA LATINA, DO CEPAL, VINCULADO À ONU, A MINISTRA DA SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES, NILCÉA FREIRE, DEFENDEU A REVISÃO DAS LEIS QUE PREVÊEM MEDIDAS PUNITIVAS CONTRA AS MULHERES QUE TENHAM COMETIDO ABORTO.
ESTA É UMA DAS 79 AÇÕES PREVISTAS NO TEXTO, INCLUÍDA NO CAPÍTULO DOS DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS.
COMO ANFITRIÃ DO EVENTO, NILCÉA COORDENOU VÁRIAS MESAS DE DEBATE, ENTRE AS QUAIS A QUE DISCUTIU O ABORTO.
A MINISTRA FEZ UMA DEFESA ENFÁTICA DO FIM DA PUNIÇÃO PARA ESSAS MULHERES E FOI ELOGIADA POR REPRESENTANTES DE ENTIDADES NÃO-GOVERNAMENTAIS:
- A MINISTRA NILCÉA AGIU DE FORMA MUITO CORAJOSA. NA VÉSPERA DE UMA ELEIÇÃO, ELA DEFENDEU COM MUITA GARRA ESSE COMPROMISSO - DISSE GUACIRA OLIVEIRA, DIRETORA DO CENTRO FEMINISTA DE ESTUDOS E ASSESSORIA (CFEMEA), QUE ACOMPANHOU ESSA DISCUSSÃO NA CONFERÊNCIA.
O SECRETÁRIO-GERAL DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB), DOM DIMAS LARA, VOLTOU A CRITICAR A DESCRIMINALIZAÇÃ O DO ABORTO E A INCLUSÃO DESSE ARTIGO NO TEXTO DA CONFERÊNCIA DAS MULHERES.
DOM DIMAS DISSE QUE A EXPRESSÃO "REVISAR LEIS QUE PREVÊEM MEDIDAS PUNITIVAS PARA MULHERES QUE COMETEM ABORTOS" SIGNIFICA DESCRIMINALIZAR O QUE HOJE É UM CRIME.
- É AQUELA HISTÓRIA DO USO DO EUFEMISMO, PARA NÃO DIZER ABERTAMENTE O QUE ESTÁ NO CERNE DA QUESTÃO. É COMO FALAR EM INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DA GRAVIDEZ, UMA FORMA MENOS DIRETA DE SE CHAMAR O ABORTO - DISSE DOM DIMAS LARA".
http://moglobo. globo.com/ integra.asp? txtUrl=/pais/ mat/2010/ 07/22/governo- volta-defender- descriminalizaca o-do-aborto- em-documento- oficial-91722408 6.asp

O documento final da Conferência foi equivocadamente e propositalmente chamado de CONSENSO DE BRASÍLIA.
O texto não representa nenhum consenso a não ser o das organizações que promovem o aborto e que dominaram completamente o desenrolar do evento, graças a um trabalho cuidadosamente planejado e patrocinado pela Fundação Ford de Nova York, iniciado nos anos 90 e descrito mais adiante no terceiro item desta mensagem.
Além de não representar o pensamento do povo brasileiro, nem da maioria dos países latino americanos, majoritariamente contrários tanto ao aborto, como também à legalização do aborto, o documento é também ilegal porque o Brasil, assim como diversos outros países latino americanos, estão comprometidos em virtude de vários tratados internacionais, de caráter vinculante, a reconhecer a personalidade jurídica desde a concepção e a defender a vida humana desde antes do nascimento.
A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DIREITOS HUMANOS DA ONU, assinada pelo Brasil, afirma, desde 1948, em seus artigos 3 e 6, que
"TODO INDIVÍDUO TEM DIREITO À VIDA, À LIBERDADE E À SEGURANÇA DE SUA PESSOA.
TODO SER HUMANO TEM DIREITO, EM TODAS AS PARTES, AO RECONHECIMENTO DE SUA PERSONALIDADE JURÍDICA".
Dez anos depois, em 1958, a CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA DA ONU, da qual o Brasil é signatário, foi além e afirma que
"A CRIANÇA, EM VIRTUDE DE SUA FALTA DE MATURIDADE FÍSICA E MENTAL, NECESSITA PROTEÇÃO E CUIDADOS ESPECIAIS, INCLUSIVE A DEVIDA PROTEÇÃO LEGAL, TANTO ANTES QUANTO APÓS SEU NASCIMENTO".
Passados mais dez anos, em 1969, o PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RICA, do qual o Brasil também é signatário, afirma em seus artigos 1, 3 e 4:
"PARA EFEITOS DESTA CONVENÇÃO, PESSOA É TODO SER HUMANO. TODA PESSOA TEM DIREITO AO RECONHECIMENTO DE SUA PERSONALIDADE JURÍDICA. TODA PESSOA TEM O DIREITO DE QUE SE RESPEITE SUA VIDA. ESSE DIREITO DEVE SER PROTEGIDO PELA LEI E, EM GERAL, DESDE O MOMENTO DA CONCEPÇÃO."
Em nosso ordenamento jurídico o Código Penal de 1940 já reconhecia o nascituro como pessoa ao colocar o crime do aborto, tipificado em seus artigos 124 a 128, debaixo do título de "CRIMES CONTRA A PESSOA".
O novo Código Civil Brasileiro, datado de 2002, em seu artigo 1798, ao tratar do direito de herança, menciona como pessoas tanto "AS NASCIDAS COMO AS JÁ CONCEBIDAS":
"LEGITIMAM-SE A SUCEDER AS PESSOAS NASCIDAS OU JÁ CONCEBIDAS NO MOMENTO DA ABERTURA DA SUCESSÃO". (Artigo 1798 do Código Civil de 2002).
O mal anunciado Consenso de Brasília passará a ser usado pelas organizações internacionais financiadas pelas grandes Fundações que promovem o aborto em todo o mundo, como um instrumento para iludir os governos e os povos latino americanos, fazendo-os crer que eles assinaram um documento que os obriga a legalizarem o aborto e que, em não o fazendo, estarão violando direitos humanos internacionalmente reconhecidos.
Leia, estude e divulgue esta mensagem para ajudar a esclarecer a farsa que está sendo montada para impor, através dos organismos das Nações Unidas, a legalização e a promoção do aborto ao Brasil e à América Latina.
Procuraremos manter informados sobre o desenrolar dos acontecimentos a todos os que tenham recebido esta mensagem.

Fonte: MCS - RCC BRASIL

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Aviso

Nós, que fazemos o Grupo de oração Discípulos de Emaús, comunicamos que excepicionalmente nesta quarta-feira (29/07), o grupo acontecerá na casa de Maria Mãe da Divina Providência, localizada à rua Marechal Pires Fereira, no centro de Floriano, no horário de sempre(19:00), iniciando com o Santo terço, seguido de louvor, pregação da palavra, com o Tema"Transformação", e oração por cura e pedido de batismo no Espírito Santo. contamos com a sua presença e a de sua família, vamos juntos celebrar pentecostes!

A coordenação!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Expulsar o pecado e viver a retidão


“O Senhor tem nos dado insistentemente, nestes últimos tempos, uma mesma Palavra, um mesmo direcionamento”, disse Maria Beatriz Vargas, do Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica, ao abrir a primeira pregação da tarde de sábado (17/07). As moções proféticas para a RCC foram o tema da pregação que falou de aspectos íntimos relacionados ao coração do homem, como templo do Espírito Santo.

Beatriz apresentou aos congressistas a releitura de uma profecia dada à RCC Brasil, onde o Senhor exortava a todos a fazer um exame de consciência e expulsar todo pecado. “A palavra de ordem que recebemos foi ‘ Sede Santos’. E nós tivemos esse discernimento, que se procurarmos a retidão, todo o resto será acrescentado”, (conf. Mt 6,33).

A pregadora destacou que o Senhor escolheu homens e mulheres para serem protagonistas, aqueles que fazem e agem. “Somos pessoas que o Senhor levanta para mudar a história do nosso povo, da nossa família... dentro de nosso espírito, habita o Espírito Santo que nos faz pedras preciosas, para brilhar no mundo”, enfatizou.

Maria Beatriz disse que diante da exortação de Deus, o desafio é nos conformarmos à imagem de Jesus, tendo um coração manso, que perdoa e não busca seus interesses. “Uma coisa que devemos fazer é amar, viver cada momento de nossa vida com amor, optando por amar em cada circunstância de nossa vida, escolher ser bom, exaltar o outro”, convidou.

A pregação encerrou com um forte momento de oração ao Espírito Santo.

http://www.rccbrasil.org.br/congresso/noticia.php?noticia=6241

segunda-feira, 19 de julho de 2010


O infinito poder da Palavra de Deus, diversas vezes negligenciada por muitos de nós, foi o tema da pregação do norte-americano Jim Murphy na tarde desta sexta-feira (16). Como veterano da Renovação Carismática Católica no mundo, ele deixou claro que nós católicos temos que familiarizar-nos com a Palavra e que, como carismáticos, temos de permitir que ela seja um dos meios para que nosso Batismo no Espírito Santo seja continuamente renovado.

Para a RCC, o Batismo no Espírito significa a redescoberta da Palavra de Deus e de sua ação em nossa vida. Nesse Batismo, temos um encontro íntimo com Deus que muda a nossa vida, temos uma experiência nova com a Palavra, graças à ação do Espírito Santo.

Jim afirmou que o Senhor quer que a Sua Palavra encante, renove, envolva, nos desafie e motive-nos a mudar de vida. Deus quer que realmente encontremo-nos com a Palavra, mergulhando fundo nela, para que a Palavra não seja mais uma mera obrigação na nossa vida. Ele deseja que fiquemos totalmente à vontade com a Sua Palavra, sem defesas; que sejamos inteiramente abertos, honestos, realistas, verdadeiros. Deus quer que descubramos na Palavra a luz que ilumina o nosso caminho e orienta-nos em nossas necessidades.

Sabemos que enfrentaremos obstáculos e dificuldades em nossas vidas, mas também devemos ter a certeza de que, alicerçados sobre a rocha da Palavra de Deus, superaremos tudo isso. A Palavra é uma força geradora, é transformadora. E como ela, as nossas palavras também devem construir, encorajar, motivar, edificar. Na nossa boca, a Palavra de Deus pode ser uma bênção na vida das outras pessoas. Jesus quer que Sua Palavra seja luz, segurança, fortaleza, criação e transformação em nossas vidas.

Por fim, Jim Murphy proclamou que Deus prepara-nos um banquete a cada dia com a Sua palavra e que, acomodados, limitamos-nos a “beliscar” desperdiçando assim todas as graças e bênçãos que o Senhor tão cuidadosamente preparou para cada um de nós.


http://www.rccbrasil.org.br/congresso/noticia.php?noticia=6232

quarta-feira, 7 de julho de 2010

As seitas "evangélicas" e suas supertições

O Brasil é um país supersticioso. Na Bahia há um dito popular que exemplifica isso de forma jocosa e muito bem humorada: “80% são católicos, 15% são protestantes, 5% pertencem a outras religiões e 100% vestem branco às sextas-feiras”. A superstição está tão engendrada em nossa sociedade que chega a independer do nível sócio-econômico ou cultural. Entretanto, há quem se aproveite do espírito supersticioso do brasileiro de forma torpe e irresponsável, em questão, diversas seitas evangélicas.

Todos nós já escutamos nos meios de comunicação chamadas como: “dia do descarrego”; “meia-noite da libertação”; “noite da quebra de feitiços”, “dia do óleo santo de Israel”; “corrente dos empresários”; “culto da sexta-feira 13”. E alguns mais hilários como: “sexta-feira forte, desencapetamento total” ou “venha receber seu shampoo sagrado”. Este último, por sinal, quem vos escreve teve oportunidade de escutar.

Não raro, em programas de rádio ou TV dessas seitas, os “pastores” que apresentam tais programas, quando perguntados por ouvintes sobre as razões de seus infortúnios, respondem sem pestanejar: “Foi um feitiço, um trabalho, uma maldição que jogaram em você! Compareça a nossa igreja...”. Já se estabelece nesse curto contato uma relação de sugestionador e sugestionado, entre o pretenso "pastor" e sua vítima em potencial.

Termos como “descarrego” sempre estiveram tradicionalmente relacionados ao fetichismo e à magia, temas que sempre foram objeto de repúdio por parte do cristianismo. Qual seria então a justificativa para a venda de falsos objetos sagrados e da utilização de elementos da superstição popular por parte de seitas evangélicas em pleno século XXI? As respostas são várias, mas orbitam em torno de uma única motivação: dinheiro. Soma-se ainda uma tática covarde: a submissão da consciência dos fiéis a uma ótica atávica. Ou seja, ao invés de libertar mentes de crenças ancestrais que subjugam a verdadeira espiritualidade libertária do cristianismo, essas seitas perpetuam e disseminam a crença em supertições e fetiches, além de escravizar, inexoravelmente, seus membros a uma permanente relativização de sua relação com Deus.

Essa verdadeira escravização de mentes, é em parte responsável pelo esplêndido crescimento dessas seitas. Não há uma explícita negação daquilo que pode ser classificado como crendice popular e superstição. O fiel não precisa rever seus conceitos motivado por uma doutrina que o conduza a uma reflexão acerca de suas crenças anteriores, simplesmente não é preciso abandonar nada, não é preciso modificar sua ótica em relação ao que recebeu como herança do seu folclore e cultura. O fiel é conduzido a permanecer na ignorância, a mesma ignorância que justifica para esse mesmo fiel que basta ter fé para salvar-se, ou seja, um caminho religioso pavimentado por aparentes facilidades. O fiel permanece arraigado a superstições, e é estimulado diuturnamente pela seita a continuar nessa mesma situação de voluntária escravidão. Afinal, permanecer dentro da seita é a garantia de “corpo fechado”, de proteção.

O “pastor”, por sua vez, ocupa uma posição bastante similar a de um curandeiro, dententor de uma "magia boa”, antídoto que protege o fiel de toda uma miríade de riscos espirituais aos quais o mesmo está exposto fora da seita. E a seita ocupa grande parte de sua pregação em solidificar esses conceitos em seus fiéis, basta adentrar qualquer desses templos e o que se notará é uma sequência de pregações e testemunhos reforçando dia após dia a imagem de um mundo ancestralmente cheio de superstições. Serão pastores falando de feitiços, magias, bruxarias e demônios, e testemunhos de fiéis falando que foram libertados exatamente dessas coisas. Com tanta repetição, qualquer mentira passa virtualmente por verdade.

Por mais absurdo que pareça, a observação comprova essa relação de sujeição dos fiéis motivada pelo medo e ignorância, da mesma forma que atesta o comportamento vicioso dos pretensos pastores, o que os coloca no mesmo calibre dos curandeiros, feiticeiros e passistas que dizem combater.

Em geral, com os fiéis incentivados a relacionar sua fé cristã a fetichismos e crendices, não ocorre uma verdadeira conversão, não há um momento de íntima descoberta e encontro com o Cristo. Muito embora o slogan “encontrei Jesus” seja o mais repetido pelos adeptos de tais seitas, Jesus, nesse contexto, é tão somente um elemento a mais nesse processo de aprisionamento, e não o motor de uma grande mudança de vida. A mensagem cristã que lhes chega é bastante distante da real. E o "jesus'' que lhes é oferecido é tão somente aquele dos milagres e dos exorcismos, deixam de fora o real Jesus, que também exige uma verdadeira revolução moral na vida do fiel. Não importa QUEM é Jesus, mas o que Ele pode proporcionar.

Sob esse aspecto, inclusive, cabe fazer uma censura peremptória àqueles que se identificam como católicos e apegam-se a sincretismos, comportando-se da mesma maneira que os fiéis evangélicos que mencionamos. O sincretismo é um elemento estranho à fé católica, e o pretenso católico que o pratica está em grave estado de pecado. Não se pode ser católico e espiritista ou fetichista ao mesmo tempo. Não se pode servir a dois senhores. Entretanto, cabe lembrar, que ao contrário das seitas que aqui abordamos, a Igreja Católica condena e reprova de todas as formas tanto o pensamento quanto a manifestação supersticiosa. Fé católica e crendice são elementos amplamente dissociados, e não há espaço para contemporizações a esse respeito.

Ao recorrer a símbolos de magia, a seitas evangélicas contribuem para a solidificação de princípios amplamente contrários a fé cristã. E para maioria das pessoas que integram tais seitas, uma sessão de “descarrego” ou ir ao templo à meia-noite de uma sexta-feira 13 é algo que faz parte da fé cristã. Idéia que contraria frontalmente os fundamentos do cristianismo, que em sua origem e doutrina , é completamente avesso à crendice e ao fetichismo; a qualquer forma de relativização do poder de Deus. Se nem mesmo uma flor nasce sem a permissão do altíssimo, é absurdo imaginar então que mal-olhado é suficiente para lançar a vida de qualquer pessoa na falência, mas é isso que a seita ensina, mesmo que a biblia, a tradição e a patrística cristã afirme o contrário. Dessa forma, a seita envangélica distancia-se de tal forma da fé cristã, que em relação a ela guarda pouca ou nenhuma consonância.

Ao conduzir o fiel a acreditar que as práticas da seita referentes a “proteção” contra maldições é suficiente garantia de sua paz e integridade, o fiel é na verdade conduzido a colocar Deus como mero coadjuvante do poder da seita. Ou seja, Deus, apenas, não seria suficiente à sua necessidade de proteção. Uma prova bastante nítida desse processo de alienação religiosa, é a forma pródiga como essas seitas exploram pseudo exorcismos e testemunhos de fiéis que livraram-se de "feitiços, trabalhos e maldições" através da seita. Para o fiel, Deus, sem a seita "não surte efeito".


Em resumo, para essas seitas e seus pobres e enganados fiéis, sem as correntes, sem a falsa água do rio Jordão, sem o óleo de Israel fabricado no quintal, sem os descarregos teatrais, e para não deixar de citar, sem o “fantástico” shampoo sagrado, o cristianismo não acontece.


Fonte disponível em: http://www.universocatolico.com.br/index.php?/as-seitas-evangelicas-e-suas-supersticoes.html

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A ÚLTIMA CHANCE



Tudo o que vemos...
Tudo o que temos...
Tudo o que vivemos...
Um dia não será mais...
Porque tudo nos será tirado,
uma vez que tudo nos foi dado...
Disso não há de se duvidar...

Mas tudo o que vemos, temos e vivemos...
Faz parte da natureza criada,
reveladora do propósito divino...
Porque por essa revelação natural,
compreendemos que tudo vem de Deus...
O Sobrenatural que sustenta todas as coisas...

Porém, não podemos esquecer...
toda causa gera um efeito
e esse efeito traz em si o sentido da vida...
Por isso fiquemos certos...
a realidade que vivemos...
é o que herdaremos como efeito do que cultivamos...
com nosso viver de cada dia...
Porque aqui neste mundo nada se firma ou cresce...
se não permanece em Deus e para Deus...
Visto que dependemos sempre...
e nada somos por nós mesmos...

Ora, isso pode até parecer filosofia obvia ou barata...
Mas nem sempre o que parece ser é...
Porque o viver de cada instante é sempre novo...
pelo menos no seu modo de ser e estar no mundo...
Visto que nada se repete tal qual como antes...
Só não vive essa verdade quem na realidade a nega...

Todavia não só basta negar,
é preciso viver a vida para além do finito que estamos...
e isso só nos é possível em Deus...
Porque de nós mesmos nada podemos...
e nem temos resposta alguma convincente ou definitiva...
Porque só em Deus é que tudo permanece...

E, então, qual é a última chance?
É o arrependimento dos pecados...
A absolvição sacramental dos mesmos...
com a adesão incondicional à Cristo Jesus,
Fonte Eterna de salvação...
Do contrário não há remissão para estes...
Já para quem não peca, é a permanecia em Cristo...
Uma vez que somente assim,
veremos a Deus face a Face...
...
A cada um, cabe tirar suas conclusões...
...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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Postado por Fr Fernando,OFMConv no A CAMINHO DA ETERNIDADE em 7/01/2010 10:43:00 AM