Renovação Carismática Católica * Diocese de Floriano - Piaui - Brasil
sexta-feira, 28 de maio de 2010
A MÃE DE DEUS É TAMBÉM MÃE DA IGREJA
Deus não tem princípio nem fim porque Deus é e sempre será, ou seja, Deus é Infinito; porém, ao assumir a natureza humana, na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo, segunda Pessoa da Trindade Santa, em Seu Mistério de Amor, Deus quis nascer, quis ter uma Mãe; e na nova economia da salvação, pela qual fez novas todas as coisas, no-la deu como a nova Eva, isto é, a mãe de todos os filhos do Reino, que tem na visibilidade da Igreja sua estadia neste mundo.
Ora, a primeira providência divina na economia da salvação da humanidade foi exatamente a gestação da Igreja, nascida do coração de Jesus, tendo Pedro como sua pedra fundamental: “E eu te declaro, disse Jesus à Céfas: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16,18-19). Visto que, Jesus é o Filho de Maria (Cf. Jo 19, 26-27), logo, a Mãe do Filho de Deus é também Mãe da Igreja, Seu Corpo Místico, do qual Ele é a Cabeça e nós somos os membros, conforme nos ensina São Paulo (Cf. Col 1,18.24).
Vejamos como foi dado esse título à Virgem Santíssima: “Mãe da Igreja é um título, oficialmente dado a Virgem Maria durante o Concílio Vaticano II pelo Papa Paulo VI”. (*) Em seu discurso, o Santo Padre dizia: "Para a glória da Virgem e para nosso conforto, proclamamos Maria MÃE DA IGREJA, isto é, de todo o povo de Deus, tanto dos fiéis quanto dos Pastores que lhe chamam de Mãe Amorosíssima; e queremos que com esse título suavíssimo seja a Virgem doravante honrada e invocada por todo o povo cristão". (Paulo VI, discurso de 21 de novembro de 1964).
“Esse título foi utilizado pela primeira vez por Santo Ambrósio de Milão (338 - 397) e redescoberto por Hugo Rahner, um jesuíta irmão do teólogo Karl Rahner. Maria é vista como mãe da Igreja e de todos os seus membros, ou seja, todos os cristãos, pois os cristãos na Bíblia são parte do corpo de Cristo, a Igreja, [como foi dito acima]. Eles, portanto, compartilham com Cristo a paternidade de Deus e também a maternidade de Maria”. (*)
O Catecismo da Igreja Católica afirma: "A Virgem Maria... É reconhecida e honrada como a verdadeira Mãe de Deus e do Redentor... Ela é também verdadeiramente ‘Mãe dos membros de Cristo... porque cooperou pela caridade para que na Igreja nascessem os fiéis que são os membros desta Cabeça’. (LG 53)... Maria, Mãe de Cristo, Mãe da Igreja”. (CIC 963).
Portanto, vemos que Deus, sem princípio nem fim, “o Pai de nossas almas” (Cf. Hb 12,9), quis uma mãe para Si neste mundo e nos deu essa Mãe para formarmos sua Família divina, presente em Seu Corpo Místico, a Igreja que caminha a passos largos rumo à plenitude do Reino dos Céus.
Oração: “Em vosso parto, guardastes a virgindade; em vossa dormição, não deixastes o mundo, ó mãe de Deus: fostes juntar-vos à fonte da vida, vós que concebestes o Deus vivo e, por vossas orações, livrareis nossas almas da morte”. Amém! (Liturgia bizantina, Tropário da Festa da Dormição).
Paz e Bem!
Frei Fernando,OFMConv.
(*) http://pt.wikipedia.org/wiki/Mãe_da_Igreja (26/05/2010).
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Pagar o mal com o bem
Moções Proféticas
Pagar o mal com o bem
“ Finalmente, tende todos um só coração e uma só alma, sentimentos de amor fraterno, de misericórdia,de humildade. Não pagueis mal com mal,nem injúria com injúria. Ao contrário, abençoai, pois para isto fostes chamados, par que sejais herdeiros da bênção.” I Pe 3, 8-9
Em maio de 2007 recebemos uma visualização de uma malha de ferro. O entendimento do que o Senhor queria nos mostrar com isso veio em forma de palavra de sabedoria: “Como uma malha de ferro que se coloca sob a estrutura de um prédio, estou colocando sob as vossas vidas esse suporte. Eu quero construir nas vossas vidas e estou preparando a construção. Esse suporte, esse ferro que firma a estrutura é o meu amor e sobre esse amor deveis construir com amor também.”
Ainda em 2007, numa outra ocasião, recebemos a seguinte exortação: “Tendes pregado aos outros que para anular o mal é preciso agir de modo oposto. Pois bem, agora vos peço que comeceis a agir para neutralizar o mal que se insurge contra vós. Sabeis como se estabelecem vínculos fortes entre as pessoas? Vínculos de compreensão mútua, de boa vontade, de acolhimento uns dos outros? Com oração. Começai a rezar pelas pessoas com quem precisais vos entender. Fazei uma lista dessas pessoas, pedindo a luz do meu Espírito para vos indicar quem, e começai a rezar por elas. Rezai por um mês, todos os dias, sempre guardando no coração a certeza de que eu posso tocar nas vossas vidas com poder quando se estabelecem vínculos de amor.”
A confirmação veio na Palavra: Romanos 12, 17-21: “Não pagueis a ninguém o mal com o mal. Aplicai-vos a fazer o bem diante de todos os homens. Se for possível, quanto depender de vós, vivei em paz com todos os homens. Não vos vingueis uns aos outros, caríssimos, mas deixai agir a ira de Deus, porque está escrito: A mim a vingança; a mim exercer a justiça, diz o Senhor (Deut 32,35). Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber. Procedendo assim, amontoarás carvões em brasa sobre sua cabeça (Prov 25,21s). Não te deixes vencer pelo mal,mas triunfa do mal com o bem.”
Diante disso, parece que temos um programa de vida bem claro para seguir se quisermos anular o mal que se insurge contra nós: fazer o bem, orar pelas pessoas com as quais precisamos nos entender, fazendo a lista desses nomes com a ajuda do Espírito Santo. Depois, é só esperar para ver Deus agir, para ver Deus construir na nossa vida.
domingo, 23 de maio de 2010
Acreditamos numa humanidade nova
Prego esperança, vida, mas não posso deixar de dizer que na Sagrada Escritura e no Catecismo da Igreja Católica também constam que, qualquer pessoa, ao realizar uma reforma em sua casa, deve pegar os entulhos, a sujeira, as coisas velhas e estragadas e colocá-las para fora. O que é velho é velho, o que é estragado é estragado, o que é sujo é sujo, e devem ser descartados para que possa ser feito algo novo.
Não é possível ter o “bem” misturado com o “mal”, porque este acaba contaminando aquele. Além de expulsar satanás e seus anjos rebeldes, Deus destruirá o pecado e toda a sujeira deste mundo.
As pessoas que querem viver uma vida "mais ou menos", um cristianismo livre, sem compromisso, vivendo a vida por viver se abalam quando ouvem falar que Deus realizará tudo isso, porque, ao se firmarem no "mais ou menos" nunca querem avançar e nunca querem a santidade. Não estão dispostas a sacrifício e a romper com o pecado. Querem ser de Deus, mas vivendo no pecado. Gostariam de uma vida nova, mas com tudo da vida velha. Não! Isso não dá!
Quando lhes são reveladas as verdades da Bíblia, a verdade que é Verdade, elas se assustam e buscam justificativas e desculpas para sua pouca fé. Mas o nosso Deus não é um Deus de desculpas, e sim, um Deus que cumprirá as promessas d'Ele. É isso que aguardamos do Senhor! É por isso que lutamos.
Gastamos a vida, investimos, evangelizamos para valer, porque acreditamos numa humanidade nova e temos a certeza de que isso é verdade da Bíblia, doutrina da Igreja.
(Trecho do livro "Céus Novos e uma Terra Nova" de monsenhor Jonas Abib)
Monsenhor Jonas Abib
confira em:http://www.padrejonas.com/
quinta-feira, 20 de maio de 2010
CELEBRANDO PENTECOSTES
Jesus havia-o já anunciado quando afirmou: Quando vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à verdade plena (Jo 16,13). Mas foi no Pentecostes que o Espírito foi derramado sobre os Apóstolos e sobre toda a comunidade (At 2,1-13).
A presença do Espírito Santo nas pessoas e na comunidade eclesial se torna perceptível principalmente através de seus dons e carismas, concedidos a todos e a cada um para a unidade da Igreja (Ef 4,1-7). Essa variedade de dons é resumida pela Igreja na doutrina dos sete dons: sabedoria, entendimento, ciência, conselho, piedade, fortaleza e temor de Deus. É bom que reflitamos brevemente sobre cada um deles.
O dom da sabedoria fortalece nossa caridade e preparando-nos, desde já, para a visão plena de Deus, conferindo-lhe um conhecimento eminente. O sábio, segundo Deus, não é aquele que sabe coisas sobre Deus, mas que vive Deus. Não é o que simplesmente fala de Deus, mas quem o contempla. A sabedoria traz o gosto de Deus e de sua Palavra, permitindo-nos avaliar corretamente as realidades terrenas.
O dom do entendimento torna a nossa fé luz segura e sólida para o nosso caminho. Mediante este dom, o Espírito Santo nos permite perscrutar as profundezas de Deus, comunicando ao nosso coração uma particular participação no conhecimento divino, nos segredos do mundo e na intimidade do próprio Deus.
O dom da ciência nos permite um juízo reto sobre as criaturas, não colocando nelas a felicidade perfeita, nem o fim absoluto de tudo o que somos e temos. Faz com que o ser humano entenda que a aparência deste mundo é passageira (1Cor 7,31). O dom da ciência orienta-nos para Deus, desapegando-nos das criaturas.
O dom do conselho nos é dado para sanar a nossa natural precipitação ao dar uma resposta a um problema concreto que nos angustia, a uma escolha que devemos fazer. Quem acolhe este “conselho” sente-se em paz, sereno, readquire força e esperança. Também compreende que todos temos fraquezas e, portanto, devemos olhar-nos com olhos de compaixão.
O dom da piedade nasce de um Deus piedoso, bondoso e cheio de misericórdia para com os que erram. Nosso Deus é Deus da aliança e do perdão. Se Deus vive a sua aliança com o homem de maneira tão envolvente, o homem, por sua vez, sente-se também convidado a ser piedoso com todos.
O dom da fortaleza nos torna corajosos para enfrentar as dificuldades da vida cristã. Torna forte e heróica a fé. Lembremos a coragem dos mártires. Dá-nos perseverança e firmeza nas decisões.
A fortaleza manifesta-se também na esperança. Afirma o profeta Isaías: “Os que esperam em Jahweh renovam suas forças, criam asas como águias, correm e não se fadigam, andam e não se cansam” (Is 40,31). Todos nós precisamos da força do Espírito Santo!
O dom do temor de Deus, tratando-se de um dom do Espírito Santo, não deve confundir-se com o medo de Deus. Também não significa uma atitude servil diante de Deus. Este dom nos mantém no devido respeito diante de Deus e na submissão à sua vontade, afastando-nos de tudo o que lhe possa desagradar.
A confiança no Senhor constitui a terceira característica do temor de Deus. Diz o livro do Sirácida: O temor do Senhor é glória e honra, alegria e coroa de júbilo. Alegra o coração, dá contentamento, gozo e vida longa. A raiz da sabedoria é o temor do Senhor; e seus ramos são vida longa (Sir 1,11-12).
O Catecismo da Igreja nos adverte para a dimensão missionária da ação do Espírito Santo. É Ele, de fato, que concede seus dons para nos associar à sua obra, para nos tornar capazes de colaborar com a salvação dos outros e com o crescimento do Corpo de Cristo (n. 2003).
O decreto “Ad Gentes” põe em evidência o caráter missionário dos dons e carismas ao afirmar que o Espírito unifica a Igreja na comunhão e no ministério, dotando-a de vários dons... vivifica as instituições eclesiásticas... incute no coração dos fiéis o mesmo espírito missionário, pelo qual era movido Cristo (AG, 4).
João Paulo II, na “Redemptoris Missio”, afirma que o Espírito Santo é o protagonista de toda missão eclesial, quer nas consciências e nos corações humanos, quer na história (n. 21). É dele que parte o “mandato missionário” (n. 23).
A vinda do Espírito Santo fez dos Apóstolos, e hoje faz de nós, testemunhas e profetas (At 1,8; 2,17-18). Ele mesmo assume a função de “guia” e dá impulso à missão, “abre as portas” para a evangelização, reunindo o povo de Deus na escuta do Evangelho, na comunhão fraterna, na oração e na Eucaristia.
A missão é um compromisso comunitário, uma responsabilidade da Igreja local que necessita de “missionários” para se expandir em direção a novas fronteiras da missão “ad gentes”, sem limites de espaço, nem de tempo, atingindo, não apenas os indivíduos, mas também a sociedade, a história, os povos, as culturas e as religiões (RMi, 28).
Unidos aos cristãos do mundo inteiro, reunidos com Maria, “a mãe missionária”, acolhamos com alegria e com abertura de coração o Espírito Santo, Dom de Deus.
Pe. Valter Goedert Instituto Teológico de SC (Itesc) Florianópolis, SC
ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO (JOÃO XXIII)
Ó Espírito Paráclito, aperfeiçoai em nós o trabalho feito por Jesus: fazei-nos capazes de continuar a orar fervorosamente em nome de todo o mundo; apressai em todos nós o crescimento para uma profunda vida interior; dai-nos vigor no nosso apostolado, de modo que ele possa atingir todos os homens e todos os povos, todos redimidos pelo sangue de Cristo e todos lhe pertencendo.Ó Espírito Paráclito, mortificai em nós o orgulho natural, e elevai-nos à região da santa humildade, do verdadeiro temor de Deus, da coragem generosa.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
ENTREVISTA COM LÚCIFER!
QUEM O CRIOU?
Lúcifer: Fui criado pelo próprio Deus, bem antes da existência do homem. [Ezequiel 28:15]
COMO VOCÊ ERA QUANDO FOI CRIADO?
Lúcifer: Vim à existência já na forma adulta e, como Adão, não tive infância. Eu era um símbolo de perfeição, cheio de sabedoria e formosura e minhas vestes foram preparadas com pedras preciosas. [Ezequiel 28:12,13]
ONDE VOCÊ MORAVA?
Lúcifer: No Jardim do Éden e caminhava no brilho das pedras preciosas do monte Santo de Deus. [Ezequiel 28:13]
QUAL ERA SUA FUNÇÃO NO REINO DE DEUS?
Lúcifer: Como querubim da guarda, ungido e estabelecido por Deus, minha função era guardar a Glória de Deus e conduzir os louvores dos anjos. Um terço deles estava sob o meu comando. [Ezequiel 28:14; Apocalipse 12:4]
ALGUMA COISA FALTAVA A VOCÊ?
Lúcifer: Não, nada. [Ezequiel 28:13]
O QUE ACONTECEU QUE O AFASTOU DA FUNÇÃO DE MAIOR HONRA QUE UM SER VIVO PODERIA TER?
Lúcifer: Isso não aconteceu de repente. Um dia eu me vi nas pedras (como espelho) e percebi que sobrepujava os outros anjos (talvez não a Miguel ou Gabriel) em beleza, força e inteligência. Comecei então a pensar como seria ser adorado como deus e passei a desejar isto no meu coração. Do desejo passei para o planejamento, estudando como firmar o meu trono acima das estrelas de Deus e ser semelhante a Ele. Num determinado dia tentei realizar meu desejo, mas acabei expulso do Santo Monte de Deus. [Isaías 14:13,14; Ezequiel 28: 15-17]
O QUE DETONOU FINALMENTE A SUA REBELIÃO?
Lúcifer: Quando percebi que Deus estava para criar alguém semelhante a Ele e, por conseqüência, superior a mim, não consegui aceitar o fato. Manifestei então os verdadeiros propósitos do meu coração. [Isaías 14:12-14]
O QUE ACONTECEU COM OS ANJOS QUE ESTAVAM SOB O SEU COMANDO?
Lúcifer: Eles me seguiram e também foram expulsos. Formamos juntos o império das trevas. [Apocalipse 12:3,4]
COMO VOCÊ ENCARA O HOMEM?
Lúcifer: Tenho ódio da raça humana e faço tudo para destruí-la, pois eu a invejo. Eu é que deveria ser semelhante a Deus. [Pedro 5:8]
QUAIS SÃO SUAS ESTRATÉGIAS PARA DESTRUIR O HOMEM?
Lúcifer: Meu objetivo maior é afastá-los de Deus. Eu estimulo a praticar o mal e confundo suas ideias com um mar de filosofias, pensamentos e religiões cheias de mentiras, misturadas com algumas verdades. Envio meus mensageiros travestidos, para confundir aqueles que querem buscar a Deus. Torno a mentira parecida com a verdade, induzindo o homem ao engano e a ficar longe de Deus, achando que está perto. E tem mais. Faço com que a mensagem de Jesus pareça uma tolice anacrônica, tento estimular o orgulho, a soberba, o egoísmo, a inimizade e o ódio dos homens. Trabalho arduamente com o meu séquito para enfraquecer as igrejas, lançando divisões, desânimo, críticas aos líderes, adultério, mágoas, friezas espirituais, avareza e falta de compromisso. Tento destruir a vida dos pastores, principalmente com o sexo, ingratidão, falta de tempo para Deus e orgulho. [1Pedro 5:8; Tiago 4:7; Gálatas 5:19-21; 1 coríntios 3:3; 2 Pedro 2:1; 2 Timóteo 3:1-8; Apocalipse 12:9]
E SOBRE O FUTURO?
Lúcifer: Eu sei que não posso vencer a Deus e me resta pouco tempo para ir ao lago de fogo, minha prisão eterna. Eu e meus anjos trabalharemos com afinco para levarmos o maior número possível de pessoas conosco. [Ezequiel 28:19; Judas 6; Apocalipse 20:10,15]
MENSAGEM ELABORADA COM BASE NOS VERSÍCULOS BÍBLICOS. "COMO DIZ O ESPÍRITO SANTO: HOJE, SE OUVIRDES A SUA VOZ, NÃO ENDUREÇAIS OS VOSSOS CORAÇÕES." HEBREUS 3:7,8 "Ninguém tem maior amor do que este: de dar a Sua vida em favor dos Seus amigos." João 15:13
Jesus te ama!
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Pode o católico ser maçom?
http://www.4shared.com/get/121790756/a682ada6/A_Maconaria_no_Brasil.html;jsessionid=34F30324266E200AE0EE9DD2A79FADFE.dc210
Eudes, A Maçonaria não é Religião, mas sim escola de filosofia associada à entidade beneficente e associação política. Tudo isso para convidados... A escola de filosofia busca polir o caráter do maçom para que ele se torne uma pessoa melhor do que a que ingressou ali. A família sempre é colocada em primeiro plano... Simbolicamente ele deve construir um Templo de Salomão. Este templo é ele melhor...Nesta escola realmente Deus é chamado de Grande Arquiteto do Universo. Mas qual a importância disso? De quantos nomes Deus já foi chamado até hoje? Numa pesquisa rápida chegamos a setenta e dois ( ver http://www.youtube.com/watch?v=Bv7Ny3rMkQQ )... O importante é que para ingressar na Maçonaria faz-se necessário que o candidato acredite em Deus...Não sendo a Maçonaria Religião, qual seria o problema do Maçom ser católico? O que o tornaria indigno de receber a Santa Comunhão? A enorme ajuda que ele secretamente dá as famílias carentes não conta nada? E o que dizer da luta política da Maçonaria em socorro dos menos favorecidos? No que toca a associação política, você deve saber que a Maçonaria esteve diretamente ligada à independência do Brasil e a proclamação da República, e hoje, como sempre, ela trabalha do seu jeito (entenda nisso discretamente) na busca por uma sociedade mais justa... Observando que as pessoas “do mal” acabam se organizando e criam uma rede que favorece a corrupção, na esfera política o que a Maçonaria busca é fazer uma corrente contrária, uma associação de pessoas do bem para fazer frente a este quadro que se apresenta...O que a Igreja vê de inconciliável com a Maçonaria é o fato de duas pessoas, uma Maçom e outra não, na igreja serem irmãs e fora dela uma poder adentrar ao ambiente Maçonico e outra não... Mas isso é intransigência... Se duas pessoas são católicas e uma é sócia do Minas Tênis Clube, apenas uma pode entrar neste clube, e esta, contudo, não está impedida de freqüentar a igreja... Jesus alertou para o perigo do demasiado apego aos dogmas. Os fariseus e os escribas eram pessoas bastante religiosas e mesmo assim foram advertidas por Ele por este motivo... Temos que ter cuidado... Por Maçonaria em comparação com a Igreja é o mesmo que comparar muro a descanso... Ou seja, não tem nada a ver.Abraços fraternais.Kirk .'.
16 de outubro de 2009 00:26
Ave de Rapina disse...
Penso que a igreja ao condenar a Maçonaria e seus ensinamentos maçonicos, comete o mesmo erro do passado, quando o Rei da França, Felipe IV "O Belo" junto com o Papa Clemente V, condenaram e lançaram a fogueira todos os membros ou quase todos,Cavaleiros Templários. Espero num futuro não muito distante, que a igreja não tenha que pedir desculpa ou perdoar a Maçonaria, como fez através dos séculos com a Santa Inquisição e milhares de inocentes em que a igreja colocou na fogueira.
Jeziel Almeida - Volta Redonda - RJ disse...
Caro Eudes,Duas coisas a palavra de Deus nos esclarece sobre aspectos que envolvem associações que fazem:a)JURAMENTOS (no sentido bíblico, é claro - exclui-se aqui os "juramentos" em formaturas - que está em um contexto totalmente diferente)Veja o que diz na palavra do Senhor:Mateus 5:33-37"Ouvistes ainda o que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos digo: não jureis de modo algum, nem pelo céu, porque é o trono de Deus;nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes fazer um cabelo tornar-se branco ou negro. Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno.b)REUNIÕES SECRETASAqui em Mateus 5:25 O Senhor Jesus nos diz para "Dizer às claras e, aquilo que é dito aos ouvidos, publicar de cima dos telhados"Sou da Assembléia de Deus e achei esse seu blog navegando na net. Como deve saber, as condenações da Igreja Católica para mim não tem nenhum valor doutrinal. Mas baseado na palavra de Deus, vejo que comungamos o mesmo sentimento em relação a qualquer instituição secreta que tenha esses dois princípios mencionados nas acima. Só isso já os desabona...Além do quê: Caro irmão, você já viu algum pobre, tipo um gari, um caseiro, um vaqueiro, um catador de papel etc, ser admitido nessa instituição? Penso que isso é fazer acepção de pessoas...Porque tem que ser somente para pessoas influentes na sociedade (seja ela de caráter financeiro ou acadêmico). Isso também os desabona...e muito!
17 de outubro de 2009 20:26
Ângelo Soutto - BH disse...
Pessoal,Fui no site do vaticano e conferi que há mesmo um documento oficial, aprovado por João Paulo II e assinado pelo então Cardeal Joseph RATZINGER (hoje Papa Bento XVI). Veja o link que vai direto para a página do VATICANO.VA: http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19831126_declaration-masonic_po.htmlCá pra nós, essa condenação expressa e oficial da Igreja, para nós Católicos (repito, para NÓS CATÓLICOS, QUE COMUNGAMOS O CORPO E O SANGUE DO SENHOR), deve servir de sinal de alerta: Acho que Bento XVI não é nenhum "abobado" e que o mesmo deve ter escrito esse documento baseado em ARGUMENTOS MUITO SÉRIOS!Para todos, fica a palavra de Deus em I Coríntios 11, 25 - 29, sobre comer o CORPO E O SANGUE DO SENHOR:"Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Assim, todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice lembrais a morte do Senhor, até que venha.Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor.Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse pão e beba desse cálice.Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação."FRISO: "COME E BEBE A SUA PRÓPRIA CONDENAÇÃO"
EUDES RCC disse...
Querido irmão Kik a Palavra de Deus disse: QUE UNIÃO PODE HAVER ENTRE A LUZ E AS TREVAS, ENTRE A JUSTIÇA E A INIQUIDADE, QUE ACORDO PODE HAVER ENTRE CRISTO E BELIAL!( II CORINTHIOS 6,14-16) irmão obedeço os ensinamentos do Papa porque é o sucessor de pedro( Mateus 16,13-19) ROMA LOCUTA CAUSA FINITA DIZ SANTO AGOSTINHO se o papa disse que católico não pode ser Maçom faça sua Escolha, ou obedeça o que ensina o chefe maximo da Igreja, ou larga a Igreja, não dá para ter um pé na Maçonaria e outro na Igreja, receber a Eucaristia em pecado mortal, é sacrilégio é cpomer e beber sua propria condenação( I CORINTHIOS 11,27)FÉ CATOLICA E MAÇOANRIA NUNCA CAMINHARAM E NEM VAI CAMINHAR JUNTO, PORQUE O CORDEIRO JESUS E O BODE JAMAIS IRÃO FICAR DO MESMO LADO... a paz e que Deus te abençoe 18 de outubro de 2009 21:09
quinta-feira, 13 de maio de 2010
O PODER DO SANTO ROSÁRIO
“A Santíssima Virgem revelou ao Bem-aventurado Alain de la Roche que, depois do Santo Sacrifício da Missa, que é o primeiro e mais vivo memorial da Paixão de Jesus Cristo, não havia devoção mais excelente e meritória que o Rosário, que é como que um segundo memorial e representação da vida e da Paixão de Jesus Cristo”.
Assim sendo, depois da Santa Missa o Santo Rosário é a mais poderosa arma de eficácia comprovada contra Satanás e seus sequazes, que procuram perder as almas.
É um meio de salvação dos mais poderosos e eficazes que nos foi oferecido pela Divina Providência.
O Rosário soluciona inúmeros problemas, assegura a salvação eterna e antecipa a implantação no mundo do Reino do Imaculado Coração de Maria.
O Rosário, Instrumento de Salvação.
(Extraído do livro: A eficácia maravilhosa do Santo Rosário, de São Luís Maria Grignion de Montfort)
A Santíssima Virgem revelou ao Beato Alano que, quando São Domingos pregou o Rosário, pecadores endurecidos foram tocados e choraram amargamente seus crimes, e até crianças fizeram penitências incríveis. O fervor foi tão grande, por toda a parte onde ele pregava, que os pecadores mudaram de vida e edificaram todo o mundo por suas penitências. Se vós sentis vossa consciência carregada de pecados, tomai o Rosário e rezai uma parte dele em honra de alguns dos mistérios da vida, da paixão ou da glória de Jesus Cristo.
Convencei-vos de que, enquanto estiverdes meditando e honrando esses mistérios, no céu Ele mostrará suas chagas sagradas ao Pai, tomará a vossa defesa e obterá a contrição e o perdão dos vossos pecados. Ele mesmo disse um dia ao Beato Alano: "Se esses míseros pecadores rezassem frequentemente o Rosário, participariam dos méritos da minha paixão e Eu, como seu advogado, aplacaria a Justiça divina".
Nossa vida é uma guerra e uma tentação contínuas, na qual não temos que combater inimigos de carne e de sangue, mas as próprias potências do inferno. Armai-vos, pois, com a arma de Deus que é o santo Rosário. Esmagareis assim a cabeça do demônio e permanecereis inabaláveis diante de todas as suas tentações. É por isso que o Rosário, ainda que considerado materialmente, é tão terrível ao demônio, e os Santos dele se serviram para expulsá-lo dos corpos de possessos, como testemunham muitas narrativas.
O Beato Alano atesta que livrou grande número de possessos colocando o Rosário em seu pescoço.
Santo Agostinho assegura que não há exercício mais frutuoso e mais útil para a salvação do que pensar frequentemente nos sofrimentos de Nosso Senhor.
Santo Alberto Magno, mestre de São Tomás, soube por revelação que a simples lembrança ou meditação da paixão de Jesus Cristo é mais meritória ao cristão do que jejuar a pão e água todas as sextas-feiras de um ano inteiro, ou tomar a disciplina até o sangue todas as semanas, ou recitar todos os dias os cento e cinqüenta Salmos.
O Padre Dorland conta que a Santíssima Virgem declarou ao venerável Domingos, cartuxo devoto do santo Rosário, que residia em Trèves no ano de 1481, que "todas as vezes que um fiel recita o Rosário com as meditações dos mistérios da vida e da paixão de Jesus Cristo em estado de graça, ele obtém plena e inteira remissão de todos os seus pecados".
Ao Beato Alano, Ela disse: "Grande quantidade de indulgências foram concedidas ao meu Rosário, mas fica sabendo que Eu acrescentarei ainda muitas mais, aos que rezarem o terço em estado de graça, de joelhos e devotamente. E a quem nas mesmas condições perseverar nessa devoção, Eu lhe obterei no fim da vida, como recompensa por esse bom serviço, a plena remissão da pena e da culpa de todos os seus pecados".
Por que Nossa Senhora insiste tanto na Oração do Rosário?
Em 1945 os americanos lançaram a bomba atômica sobre duas cidades japonesas: Nagasaki e Hiroshima. Nesta última, num raio de um quilômetro e meio do centro da explosão, ficou tudo arrasado e todos os habitantes morreram carbonizados. A casa paroquial, com oito moradores jesuítas, que distava apenas 800 metros da explosão, ficou de pé e os seus moradores ficaram ilesos.
O Pe. Hubert Shiffer era um deles e tinha então 30 anos. Depois viveu mais 33 completamente com saúde e nenhum dos moradores da casa sofreu as conseqüências da radioatividade. Ele contou a sua experiência no Congresso Eucarístico da Filadélfia (EUA) em 1976. Então todos os membros daquela comunidade ainda viviam.
O Pe. Shiffer foi examinado e interrogado por mais de 200 cientistas e não puderam explicar como, no meio de milhares de mortos, ele e seus companheiros tinham podido sobreviver. O Pe. Shiffer afirmou que centenas de cientistas e pesquisadores por vários anos continuaram a investigar por que a casa paroquial não foi atingida quando tudo ao redor ficou arrasado. E o padre explicou, dizendo: "Naquela casa se rezava todos os dias, em comum, o Santo Rosário. Por isso, foi protegida por Nossa Senhora".
Nossa Senhora, a partir principalmente de Lourdes, dá uma ênfase toda especial à oração do Rosário. Em Lourdes aparece sempre com o ROSÁRIO. Em outras aparições, pede sempre que se reze o Rosário. Em Fátima, em cada uma das aparições, ela insiste: "Rezem o ROSÁRIO DIARIAMENTE".
Em Medjugorje, desde o início, pede que se reze o Rosário. Em 14/08/84, ela diz: "Eu gostaria que cada dia se rezasse pelo menos o Rosário". Em 27/09/84: "Peço às famílias da paróquia que rezem o rosário em família".
No dia 25/06/85 a vidente Marija pergunta a Nossa Senhora o que deseja dizer aos sacerdotes. Ela responde: "Caros filhos, eu os exorto a convidar todos à Oração do Rosário. Com o rosário, vencerão todas as dificuldades que Satanás, neste momento, quer colocar no caminho da Igreja Católica. Vocês todos, Sacerdotes, Rezem o Rosário. Consagrem tempo ao Rosário".
O Papa, no 80º aniversário das aparições em Fátima, disse: "Caríssimos irmãos, rezai o Rosário todos os dias! Peço vivamente aos pastores para rezar o Rosário nas suas comunidades cristãs. Ajudai o povo de Deus a retornar à oração cotidiana do Rosário".
A Origem da Ave-Maria
É bom lembrar que, a segunda parte da Ave-Maria ("Santa Maria, Mãe de Deus"), foi introduzida na oração por ocasião da vitória sobre a heresia nestoriana, deflagrada no ano de 429.
O bispo Nestório, Patriarca de Constantinopla, afirmava ser Maria mãe de Jesus e não Mãe de Deus. O episódio tomou feições tão sérias que culminou no Concílio de Éfeso convocado pelo Papa Celestino I. Sob a presidência de São Cirilo (Patricarca de Alexandria), a heresia foi condenada e Nestório, recusando a aceitar a decisão do conselho, acabou sendo excomungado. (Leia o artigo XVI do livro Oriente para saber mais sobre a heresia nestoriana).
Conta-se que no dia de encerramento do Concílio, onde os Padres Conciliares exaltaram as virtudes e as prerrogativas especiais da VIRGEM MARIA, o Santo Padre Celestino ajoelhou-se diante da assembléia e saudou Nossa Senhora, dizendo: "SANTA MARIA, MÃE DE DEUS, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém."
Na continuidade dos anos, esta saudação foi unida àquela que o Arcanjo Gabriel fez a Maria, conforme o Evangelho de Jesus segundo São Lucas 1,26-38 "Ave cheia de graça, o Senhor está contigo!" e também, a outra saudação que Isabel fez a Maria, para auxiliá-la durante os últimos três meses de sua gravidez: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre." (Lucas1, 42) Estas três saudações deram origem a AVE MARIA.
Como surgiu a oração do Santo Rosário
A oração do Santo Rosário surge aproximadamente no ano 800 à sombra dos mosteiros, como Saltério dos leigos. Dado que os monges rezavam os salmos (150), os leigos, que em sua maioria não sabiam ler, aprenderam a rezar 150 Pai Nossos. Com o passar do tempo, se formaram outros três saltérios com 150 Ave Marias, 150 louvores em honra a Jesus e 150 louvores em honra a Maria.
Posteriormente fez-se uma combinação dos quatro saltérios, dividindo as 150 Ave Marias em 15 dezenas e colocando um Pai nosso no início de cada uma delas. Em 1500 ficou estabelecido, para cada dezena a meditação de um episódio da vida de Jesus ou Maria, e assim surgiu o Rosário de quinze mistérios.
Rosa das rosas, Rainha das rainhas.
A palavra Rosário vem do latim Rosarium, que significa 'Coroa de Rosas'.
Nossa Senhora é a Rosa Mística (como é invocada na Ladainha Lauretana), e em sua homenagem o nome Rosário, que vem de Rosas. A Virgem Maria revelou a muitas pessoas que cada vez que rezam uma Ave Maria lhe é entregue uma Rosa espiritual, e por cada Rosário completo, lhe é entregue uma Coroa de Rosas. A rosa é a rainha das flores, Rosa das rosas, como é a Rainha das rainhas. sendo assim o Rosário a Rosa de todas as devoções e, portanto, a mais importante.
O Santo Rosário é considerado a oração perfeita porque junto com ele está a majestosa história de nossa salvação. Com o rosário, meditamos os mistérios de gozo, de dor e de glória de Jesus e Maria. É uma oração simples, humilde como Maria. É uma oração que podemos fazer com ela, a Mãe de Deus. Com o Ave Maria a convidamos a rezar por nós. A Virgem sempre nos dá o que pedimos. Ela une sua oração à nossa. Portanto, esta é mais poderosa, porque Maria recebe o que ela pede, Jesus nunca diz não ao que Sua Mãe lhe pede. Em cada uma de suas Aparições, nos convida a rezar o Rosário como uma arma poderosa contra o maligno, para nos trazer a verdadeira paz.
São Domingos e o Santo Rosário.
A difusão e posterior expansão do Rosário, a Igreja atribui à São Domingos de Gusmão (século XII), conhecido como o "Apóstolo do Rosário", cuja devoção propagou aos católicos como arma contra o pecado e contra a heresia albigense , que assolava Toulose (França).
Segundo respeitosa tradição, Nossa Senhora numa Aparição revelou a devoção ao Rosário a São Domingos de Gusmão, em 1214, como meio para salvar a Europa de uma heresia. Eram os albigenses, que, como uma epidemia maldita, contagiavam com seus erros outros países, a partir do norte da Itália e da região de Albi, no sul da França. De onde o nome de albigenses atribuído a esses hereges, conhecidos também como cátaros (do grego: puros), pois assim soberbamente se auto nomeavam.
Eram lobos disfarçados com pele de ovelha, infiltraram-se nos meios católicos para melhor enganar e captar simpatia. Tais hereges pregavam, entre outros erros, o panteísmo, o amor livre, a abolição das riquezas, da hierarquia social e da propriedade particular — salta aos olhos a semelhança com o comunismo.
Várias regiões da Europa do século XIII ficaram infestadas pela heresia albigense, e toda a reação católica visando contê-la mostrava-se ineficaz. Os hereges, após conquistar muitas almas, destruir muitos altares e derramar muito sangue católico, pareciam definitivamente vitoriosos.
São Domingos (mais tarde fundador da Ordem Dominicana) intrepidamente empenhou-se no combate à seita albigense, não conseguindo, porém, sobrepujar o ímpeto dos hereges, que continuavam pervertendo os fiéis católicos. E os que não se pervertiam eram massacrados.
Desolado, São Domingos suplicou à Virgem Santíssima que lhe indicasse uma eficaz arma espiritual capaz de derrotar aqueles terríveis adversários da Santa Igreja.
A Aparição da Santíssima Virgem
Quando tudo parecia perdido, Nossa Senhora interveio nos acontecimentos para salvar a Cristandade desse mal.
O Bem-aventurado Alain de la Roche (1428 – 1475), célebre pregador da Ordem Dominicana, no livro Da dignidade do Saltério, narra a aparição de Nossa Senhora a São Domingos, em 1214. Nessa aparição, Ela ensina aquele Santo a pregar o Rosário (também chamado Saltério de Maria, em lembrança dos 150 salmos de Davi) para salvação das almas e conversão dos hereges.
Na obra de São Luís Grignion de Montfort acima citada, ele transcreve tal narração:
Vendo São Domingos que os crimes dos homens criavam obstáculos à conversão dos albigenses, entrou em um bosque próximo a Toulouse e passou nele três dias e três noites em contínua oração e penitência, não cessando de gemer, de chorar e de macerar seu corpo com disciplinas para aplacar a cólera de Deus, até cair meio morto.
A Santíssima Virgem, acompanhada de três princesas do Céu, lhe apareceu e disse:
— Sabes tu, meu querido Domingos, de que arma se serviu a Santíssima Trindade para reformar o mundo?
— Ó Senhora! – respondeu ele – Vós o sabeis melhor do que eu, porque depois de vosso Filho Jesus Cristo, fostes o principal instrumento de nossa salvação’.
Ela acrescentou:
— Saiba que a peça principal da bateria foi a saudação Angélica, que é o fundamento do Novo Testamento; e portanto, se queres ganhar para Deus estes corações endurecidos, reza meu Saltério.
Rosário esmaga heresia albigense
O Santo se levantou muito consolado e abrasado de zelo pelo bem daquela gente; entrou na igreja catedral; no mesmo momento os sinos tocaram, pela intervenção dos anjos, para reunir os habitantes. No princípio da pregação, formou-se uma espantosa tormenta; a terra tremeu, o sol se obscureceu, os repetidos trovões e os relâmpagos fizeram estremecer e empalidecer os ouvintes; e aumentou seu terror ao ver uma imagem da Santíssima Virgem, exposta em lugar proeminente, levantar os braços três vezes ao Céu para pedir a Deus vingança contra eles, se não se convertessem e não recorressem à proteção da Santa Mãe de Deus.
O Céu queria por esses prodígios aumentar a nova devoção do santo Rosário e torná-la mais notória.
A tormenta cessou por fim, pelas orações de São Domingos. Ele continuou seu sermão, e explicou com tanto fervor e entusiasmo a excelência do santo Rosário, que os moradores de Toulouse (um dos principais focos da heresia) o abraçaram quase todos e renunciaram a seus erros, vendo-se em pouco tempo uma grande mudança na vida e nos costumes da cidade.
Melhor artilharia contra o demônio e sequazes.
Empunhando a potente arma do Rosário, São Domingos retornou ao combate, pregando incansavelmente na França, Itália e Espanha a devoção que a própria Senhora do Rosário lhe ensinara, e por todas as partes reconquistava as almas: os católicos tíbios se afervoravam, os fervorosos se santificavam; as ordens religiosas floresciam; convertia os hereges, que, abjurando seus erros, voltavam à Igreja aos milhares; os pecadores se arrependiam e faziam penitência; expulsava os demônios de possessos; operava milagres e curas. Somente na Lombardia, o ardoroso cruzado do Rosário converteu mais de 100 mil hereges albigenses. Tudo por meio da melhor artilharia contra o demônio e seus seguidores: o Santo Rosário.
O herói Conde Simão de Montfort.
Mas restavam ainda aqueles hereges empedernidos, que não se convertiam de nenhum modo, e procuravam reverter a derrota fazendo estragos em alguns outros países. Para resolver o problema, Nossa Senhora, além do heróico São Domingos, suscitou outro herói para erradicar da Europa a heresia: o admirável Conde Simão de Montfort. O primeiro empunhou como arma o Rosário, o segundo empunhou a espada. Uma combinação perfeita: o espírito de oração com o espírito de cruzada em defesa da Fé Católica.
A história de Simão de Montfort é, além de admirável, extensa. Citemos a propósito, apenas de passagem, um trecho extraído do livro de São Luís Grignion de Montfort (o sobrenome de ambos é o mesmo, embora, segundo parece, não fossem parentes – pelo menos não há dados concludentes a respeito):
Quem poderá contar as vitórias que Simão, Conde de Montfort, obteve contra os albigenses sob a proteção de Nossa Senhora do Rosário? Foram tão notáveis, que jamais se viu no mundo coisa parecida. Com quinhentos homens, desbaratou um exército de dez mil hereges.
Outra vez, com trinta homens, venceu a três mil. Depois, com mil infantes e quinhentos cavaleiros, fez em pedaços o exército do rei de Aragão, composto de cem mil homens, perdendo somente oito soldados de infantaria e um de cavalaria.
Livre a França da heresia albigense, a devoção ao Santo Rosário atravessou as fronteiras. São Domingos pregou incansavelmente, até o fim de seus dias, esta milagrosa e eficientíssima devoção nos países vizinhos, colhendo neles semelhantes frutos. Atravessou não somente as fronteiras européias, mas os continentes e também os séculos, uma vez que, até os presentes dias, o Rosário é rezado com grande fruto em todos os países do mundo.
Os Papas recomendam o Rosário
Pio IX: “Assim como São Domingos se valeu do Rosário como de uma espada para destruir a nefanda heresia dos albigenses, assim também hoje os fiéis exercitando o uso desta arma — que é a reza cotidiana do Rosário — facilmente conseguirão destruir os monstruosos erros e impiedades que por todas as partes se levantam” (Encíclica Egregiis, de 3 de dezembro de 1856).
Leão XIII: “Queira Deus — é este um ardente desejo Nosso — que esta prática de piedade retome em toda parte o seu antigo lugar de honra! Nas cidades e aldeias, nas famílias e nos locais de trabalho, entre as elites e os humildes, seja o Rosário amado e venerado como insigne distintivo da profissão cristã e o auxílio mais eficaz para nos propiciar a divina clemência” (Encíclica Jucunda semper, de 8 de setembro de 1894).
São Pio X: “O Rosário é a mais bela e a mais preciosa de todas as orações à Medianeira de todas as graças: é a prece que mais toca o coração da Mãe de Deus. Rezai-o todos os dias”.
Bento XV: “A Igreja, sobretudo por meio do Rosário, sempre encontrou nEla a Mãe da graça e a Mãe da misericórdia, precisamente conforme tem o costume de saudá-La. Por isso, os Romanos Pontífices jamais deixaram passar ocasião alguma, até o presente, de exaltar com os maiores louvores o Rosário mariano, e de enriquecê-lo com indulgências apostólicas”.
Pio XI: “Uma arma poderosíssima para pôr em fuga os demônios .... Ademais, o Rosário de Maria é de grande valor não só para derrotar os que odeiam a Deus e os inimigos da Religião, como também estimula, alimenta e atrai para as nossas almas as virtudes evangélicas” (Encíclica Ingravescentibus malis, de 29 de setembro de 1937).
Pio XII: “Será vão o esforço de remediar a situação decadente da sociedade civil, se a família, princípio e base de toda a sociedade humana, não se ajustar diligentemente à lei do Evangelho. E nós afirmamos que, para desempenho cabal deste árduo dever, é sobretudo conveniente o costume do Rosário em família” (Encíclica Ingruentium malorum, de 15 de setembro de 1951).
João XXIII: “Como exercício de devoção cristã, entre os fiéis de rito latino, .... o Rosário ocupa o primeiro lugar depois da Santa Missa e do Breviário, para os eclesiásticos, e da participação nos Sacramentos, para os leigos” (Carta Apostólica Il religioso convegno, de 19 de setembro de 1961).
Paulo VI: “Não deixeis de inculcar com toda a diligência e insistência o Rosário marial, forma de oração tão grata à Virgem Mãe de Deus e tão freqüentemente recomendada pelos Romanos Pontífices, pela qual se proporciona aos fiéis o mais excelente meio de cumprir de modo suave e eficaz o preceito do Divino Mestre: ‘Pedi e recebereis, buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á’ (Mt. 7, 7)” (Encíclica Mense maio, de 19 de abril de 1965).
João Paulo II: “O Rosário, lentamente recitado e meditado — em família, em comunidade, pessoalmente — vos fará penetrar pouco a pouco nos sentimentos de Jesus Cristo e de sua Mãe, evocando todos os acontecimentos que são a chave de nossa salvação” (Alocução de 6 de maio de 1980).
Inimigos internos e externos vencidos pelo Rosário
Como acabamos de ver, São Domingos, com a cruzada de orações que empreendeu por meio do Rosário, derrotou os inimigos internos da Igreja vencendo a seita albigense infiltrada entre os católicos. Veremos agora um exemplo histórico de como o Santo Rosário derrotou inimigos externos da Cristandade.
No século XVI, o poderio otomano (sobretudo o Império turco, de religião muçulmana) crescia espantosamente e tudo empreendia para aniquilar e dominar a Europa cristã. Os turcos já haviam conquistado Constantinopla e ocupado a ilha de Chipre, de onde pretendiam marchar em direção ao Ocidente.
Em face do iminente perigo para a Cristandade, o Sumo Pontífice de então, o Papa São Pio V, conclamou os príncipes europeus a se unirem numa frente comum contra o inimigo. Reuniu uma pequena esquadra composta com o apoio de Felipe II da Espanha, das Repúblicas de Veneza e de Gênova e do Reino de Nápoles, além de um contingente dos Estados Pontifícios.
São Pio V não desanimou ante a desproporção das forças, pois confiava mais na proteção de Deus e de sua Santíssima Mãe. Entregou ao generalíssimo D. João d’Áustria o comando da esquadra e deu-lhe um estandarte com a imagem de Nossa Senhora, pedindo-lhe que partisse logo ao encontro do inimigo.
Na batalha de Lepanto: A vitória salvadora.
Há 436 anos, em 7 de outubro de 1571, a esquadra católica, composta de aproximadamente 200 galeras, concentrou-se no golfo de Lepanto. D. João d’ Áustria mandou hastear o estandarte oferecido pelo Papa e bradou: “Aqui venceremos ou morremos”, e deu a ordem de batalha contra os seguidores de Maomé. Os primeiros embates foram favoráveis aos muçulmanos, que, formados em meia-lua, desfecharam violenta carga. Os católicos, com o Terço ao pescoço, prontos a dar a vida por Deus e tirar a dos infiéis, respondiam aos ataques com o máximo vigor possível.
Mas, apesar da bravura dos soldados de Cristo, a numerosíssima frota do Islã, comandada por Ali-Pachá, parecia vencer. Após 10 horas de encarniçado embate, os batalhadores católicos receavam a derrota, que traria graves conseqüências para a Civilização Cristã européia. Mas, ó prodígio! Ficaram surpresos ao perceberem que, inexplicavelmente e de repente, os muçulmanos, apavorados, bateram em retirada...
Obtiveram mais tarde a explicação: aprisionados pelos católicos, alguns mouros confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora aparecera no céu, ameaçando-os e incutindo-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a fugir.
Logo no início da retirada dos barcos muçulmanos, os católicos reanimaram-se e reverteram a batalha: os infiéis perderam 224 navios (130 capturados e mais de 90 afundados ou incendiados), quase 9.000 maometanos foram capturados e 25.000 morreram. Ao passo que as perdas católicas foram bem menores: 8.000 homens e apenas 17 galeras perdidas.
Vitória alcançada pelo Rosário.
Enquanto se travava a batalha contra os turcos em águas de Lepanto, a Cristandade rogava o auxílio da Rainha do Santíssimo Rosário. Em Roma, o Papa São Pio V pediu aos fiéis que redobrassem as preces. As Confrarias do Rosário promoviam procissões e orações nas igrejas, suplicando a vitória da armada católica.
O Pontífice, grande devoto do Rosário, no momento em que se dava o desfecho da famosa batalha, teve uma visão sobrenatural, na qual ele tomou conhecimento de que a armada católica acabara de obter espetacular vitória. E imediatamente, exultando de alegria, voltou-se para seus acompanhantes exclamando: “Vamos agradecer a Jesus Cristo a vitória que acaba de conceder à nossa esquadra”.
A milagrosa visão foi confirmada somente na noite do dia 21 de outubro (duas semanas após o grande acontecimento), quando, por fim, o correio chegou a Roma com a notícia. São Pio V tinha meios mais rápidos para se informar...
Em memória da estupenda intervenção de Maria Santíssima, o Papa dirigiu-se em procissão à Basílica de São Pedro, onde cantou o Te Deum Laudamus e introduziu a invocação Auxílio dos Cristãos na Ladainha de Nossa Senhora. E para perpetuar essa extraordinária vitória da Cristandade, foi instituída a festa de Nossa Senhora da Vitória, que, dois anos mais tarde, tomou a denominação de festa de Nossa Senhora do Rosário, comemorada pela Igreja no dia 7 de outubro de cada ano.
Ainda com o mesmo objetivo, de deixar gravado para sempre na História que a Vitória de Lepanto se deveu à intercessão da Senhora do Rosário, o senado veneziano mandou pintar um quadro representando a batalha naval com a seguinte inscrição: “Non virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii victores nos fecit”. (Nem as tropas, nem as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do Rosário é que nos deu a vitória).
Milagre: tropas soviéticas retiram-se da Áustria
Expulsos pelo Rosário Sem armas e sem sangue, Áustria se liberta dos comunistas.
Após a II Guerra Mundial, parte do território austríaco ficou sob domínio comunista. Tudo foi feito para que os russos se retirassem, todos os meios diplomáticos foram empregados. Contudo parecia impossível obter a retirada dos tiranos soviéticos que oprimiam o país católico.
Através da recitação do Rosário, a nação austríaca inteira implorou a libertação a Nossa Senhora de Fátima, pois só um milagre a salvaria.
Foi constituído um movimento chamado Rosenkranzsühnekreuzzug (Cruzada Reparadora do Santo Rosário), por iniciativa do Padre capuchinho Petrus Pavlicek (1902 – 1982). Em todas as cidades, vilas e aldeias crescia o número de pessoas que aderiam ao movimento, comprometendo-se a rezar o Rosário numa determinada hora. De tal modo que, 24 horas por dia, sempre havia austríacos rezando, rogando à Virgem Santíssima pela libertação do país do jugo comunista.
Muitas procissões foram organizadas nessa intenção. A maior delas talvez tenha sido a realizada em 12 de setembro de 1954: uma enorme procissão “aux flambeaux” (com tochas) em homenagem a Nossa Senhora de Fátima, da qual participaram muitas autoridades.
500 mil austríacos já haviam aderido a essa Cruzada de orações em 1955. A Senhora do Rosário atendeu as insistentes súplicas, e o impossível – naturalmente falando – ocorreu: em maio de 1955 as tropas soviéticas abandonaram o território austríaco. Um autêntico milagre!
O que é o Terço?
Cada Terço corresponde (a terça parte de um Rosário) e compõe-se de cinco Mistérios, ou cinco dezenas; cada dezena corresponde a um Pai-Nosso, dez Ave-Marias e um Glória ao Pai (é aconselhável que se reze após o Glória a oração: “Ó meu Jesus perdoai-nos...”, que Nossa Senhora em Fátima recomendou aos três pastorinhos de Fátima).
Antes de iniciar cada dezena, enuncia-se o Mistério correspondente e nele devemos MEDITAR, ou seja, PENSAR, enquanto rezamos as Ave-Marias. No final de cada Terço (que equivale a 50 Ave-Marias), é recomendável rezar uma Salve Rainha ou um Lembrai-Vos.
O Terço e também o Rosário inicia-se com a recitação do Credo (resumo das principais verdades cristãs, nas quais todo católico deve crer), mas antes de começar a rezá-lo convém enunciar as intenções pelas quais estamos pedindo. Pode-se colocar quantas intenções se desejar, bem como pedir a graça de orar com piedade, fervorosamente e sem distrações.
Qual é o conteúdo do Rosário?
O Rosário se organizou tendo como referência os 150 salmos contidos na Sagrada Escritura. A cada salmo, corresponde a uma Ave-Maria. A cada dezena de Ave-Marias, intercalou-se um fato da vida de Jesus, um “mistério”. Mistérios da alegria, da dor e da glória. Portanto 15 Mistérios ou 15 dezenas, equivale a 150 Ave-Marias (lembram os 150 salmos — poemas religiosos — de Davi, como já se mencionou acima). Assim o Rosário é a soma dos três Terços.
Quando rezar o Rosário, pode-se — e por vezes é até conveniente — recitar os três Terços separadamente, como, por exemplo, rezando um Terço no período da manhã, outro à tarde e o terceiro à noite. No final recomenda-se recitar a Ladainha lauretana.
No primeiro Terço contemplam-se os Mistérios Gozosos (as alegrias da Virgem Santíssima), no segundo os Mistérios Dolorosos (as dores de Nosso Senhor Jesus Cristo na Paixão e Morte) e no terceiro os Mistérios Gloriosos (os triunfos de Nosso Senhor e de Nossa Senhora).
Quando a pessoa reza apenas um Terço (e não o Rosário inteiro), o costume é, nas segundas e quintas-feiras, meditar os Mistérios Gozosos; nas terças e sextas-feiras os Dolorosos; e nas quartas, sábados e domingos os Gloriosos.
Esses 15 Mistérios correspondem aos principais acontecimentos da Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor e aos principais acontecimentos da vida de sua Santíssima Mãe.
A simbologia do Rosário.
O próprio Rosário é um símbolo. Ele forma um círculo. Sua saída coincide com a chegada. Lembra o que Jesus falou: saí do Pai e volto ao Pai (Jo 16, 28). Nós também viemos do Pai e devemos voltar a Ele. A forma de fazê-lo é seguir Cristo, que se declarou nosso caminho (Jo 14, 8) e convida a cada um a segui-lo (Mt 19,21).
Pelo Rosário, meditamos na peregrinação que Jesus fez por este mundo unindo-nos pelo fio da fé. Sem a fé, os dias de nossa vida viram um amontoado de contas perdidas no chão, como acontece com as contas do terço quando se quebra o fio que as mantém unidas.
O centro do Rosário é Cristo crucificado. Tendo-o nas mãos, recorda que nossa vida e nossa oração devem ter seu centro em Cristo, em união com a Mãe de Deus e Nossa Mãe, Maria Santíssima.
O Pai-Nosso.
O Rosário ensinado diretamente por Nossa Senhora compõe-se das mais sublimes orações. A começar pelo Pai-Nosso, ensinado pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo aos Apóstolos, quando estes pediram: “Ensinai-nos a rezar” (Lucas 11, 1). O Divino Redentor pronunciou as palavras do Pai-Nosso, indicando-nos o meio de glorificar a Deus. É claro que Ele não deixará de ouvir-nos, uma vez que suplicamos com as próprias palavras que Ele nos ensinou.
A Ave-Maria.
Sem dúvida, uma das mais belas orações é a Ave-Maria, composta com a saudação do Arcanjo São Gabriel, “Ave, ó cheia de graça, o Senhor é contigo”; com as palavras de Santa Isabel, “Bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre”; e com o acréscimo inserido pela Igreja, “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”. Em poucas palavras essa oração encerra as principais grandezas de Nossa Senhora.
Diz São Luís Grignion de Montfort:
“A saudação angélica resume na mais concisa síntese toda a teologia cristã sobre a Santíssima Virgem. Há nela um louvor e uma invocação: encerra o louvor da verdadeira grandeza de Maria; a invocação contém tudo que devemos pedir-Lhe e o que de sua bondade podemos alcançar”.
Este mesmo santo, e grande apóstolo do Rosário, conta que os hereges têm horror à Ave-Maria. Eles podem até aprender a recitar o Pai-Nosso, mas nunca a Ave-Maria: “Todos os hereges que são filhos do diabo.... prefeririam carregar sobre si uma serpente antes que um rosário”.
Não há graças que Deus não nos possa alcançar por meio de Maria a quem peça por meio do Rosário. No entanto é bom lembrar que devemos nos preparar para alcançar as graças que tanto pedimos.
Como devemos nos preparar.
Fazendo uma boa confissão a um Sacerdote com um arrependimento profundo e repeti-la periodicamente ao menos uma vez por mês, receber a Santíssima Eucaristia sempre que possível e que estivermos preparados para a receber, rezar o Creio que é a profissão de Fé nas verdades católicas.
Rezar nas intenções do Santo Padre o Papa. Ao menos 01 Pai Nosso 01 Ave Maria e 01 Glória ao Pai.
Também procurar estar dentro dos 7 Sacramentos da Igreja, próprio da condição de cada um, e observar os 10 Mandamentos da Lei de Deus.
Há inúmeros documentos pontifícios exaltando a excelência do Santíssimo Rosário. Neles os Papas recomendam empenhadamente essa devoção. Devemos nos preparar para receber estas graças (indulgências), pois o Rosário foi enriquecido ao longo dos séculos pelos Pontífices com inúmeras indulgências.
Perseverar, em todos os dias na Oração, para que Maria interceda a Jesus que na Sua infinita Misericórdia nos conceda os meios de alcançar estas graças.
O que é rezar?
Rezar é falar com Deus. Se dirigir a Deus, se expressar; seja com o pensamento ou com a voz.
Como rezar bem.
Agora que já tomamos conhecimento da importância do Santo Rosário, de sua maravilhosa história e em que orações consiste, veremos não apenas como rezá-lo — o que é muito fácil —, mas como rezar bem, o que não é muito difícil, bastando um pouco de atenção.
Rezar bem o Rosário é simples e está ao alcance de todos. Não é necessário ser um sábio ou um doutor em teologia. Além das singelas orações acima indicadas, precisamos apenas contemplar os mistérios e as palavras da cada oração, algo que até crianças podem fazer.
Oração vocal e oração mental.
A oração vocal é a recitação piedosa das cinco dezenas de Ave-Marias (no caso do Terço), ou das 15 dezenas (no caso do Rosário). No início de cada conjunto de 10 Ave-Marias reza-se o Pai-Nosso, e no final o Glória ao Pai.
Em que consiste a oração mental?
Enquanto se pronuncia as orações, em PENSAR OU CONTEMPLAR os Mistérios (pode-se também MEDITAR, PENSAR nas palavras da Ave-Maria, do Pai-Nosso ou do Glória).
O Rosário é um colóquio (uma conversa) com Deus e Nossa Senhora. Enquanto com a voz Os louvamos, com o PENSAMENTO MEDITAMOS nos sublimes mistérios, pois, sendo o homem composto de corpo e alma, com a boca e com a mente deve glorificar seu Criador. O que equivale ao nosso dito popular: “Não falar só da boca pra fora”, ou seja, sem amor, sem coração, sem meditação. Se isso não acontecer poderá ser em vão nossa oração.
Claro que tanto mais eficácia terá essa arma quanto maior nosso envolvimento e devoção a utilizarmos. Assim, evitar de rezar o Rosário despachadamente e distraído; procurar recitá-lo piedosamente e com atenção, se possível de joelhos diante do Tabernáculo (sacrário) ou de uma imagem de Jesus e/ou Nossa Senhora, vestido decentemente (homens e mulheres e crianças) com respeito máximo e humildade a quem se dirige como a Santa Igreja antigamente e hoje sempre ensinou.
Pode-se, porém, rezá-lo também sentado ou de pé — até mesmo deitado, em caso de enfermidade, muito cansaço ou outra causa proporcionada —, mesmo andando, mas evitando o quanto possível as distrações. Devemos criar condições ambientais para facilitar nossa concentração no que estamos fazendo.
Por isso Jesus levantava de madrugada para rezar. Subia as montanhas para buscar o silêncio. Saía das cidades para rezar. Muitos santos faziam isso.
Nós podemos nos fechar no quarto, no escritório ou nas Igrejas em qualquer lugar em que ajude a nos concentrar; tirar tempo para Deus.
Entretanto, a distração involuntária, mesmo freqüente, não invalida o valor da oração. Nunca se deve deixar de rezar o Terço por causa de distrações. Pelo contrário, se temos dificuldade de rezar com perfeição, rezemos ainda mais, para compensar um tanto pela quantidade o que faltou à qualidade. Nosso Senhor elogia no Evangelho a oração insistente.
O demônio inventará artifícios para nos distrair com bobagens, mas precisamos rejeitá-las e concentrar nossa atenção. Se fizermos esforços para rezar bem, ainda que não o consigamos inteiramente, isto já é agradável a Nossa Senhora.
Rezar com Fé.
Fé significa acreditar, ter confiança que algo se realizará, ter confiança no que estamos fazendo.
Quando rezamos (pedimos, agradecemos, louvamos) temos a CERTEZA ABSOLUTA que Deus com a Santíssima Virgem e todo os Céus está nos ouvindo e vendo tudo. Pode Deus por intercessão de Maria não nos conceder aquilo que pedimos, mas pode nos conceder outras graças que não as pedimos e que são mais importantes para nós naquele momento. Pode também não nos conceder quando desejamos, mas sim quando realmente necessitamos.
As vezes para testar nossa fé e perseverança pode demorar um pouco em nos atender, mas é de ABSOLUTA CERTEZA que nos atenderá, só não o sabemos quando; pode ser na hora ou mais adiante...
Devemos lembrar: rezamos todos os dias no Pai Nosso seja feita a TUA VONTADE...
“Quem reza se salva, quem não reza se condena”.
Que oração será a mais eficaz a fim de alcançar toda espécie de graças para nós, tão necessitados? E para a humanidade, tão depravada? Os Papas, os Santos e a Igreja em geral incentivam de todos os modos esta devoção, que a própria Medianeira de todas as graças nos ensinou.
Rezar o Santo Rosário é ser atendido com segurança, pois o Divino Filho de Maria Santíssima sempre ouve os rogos de sua Mãe. Boníssima Mãe nossa, que é também a Mãe do Juiz que nos julgará em nosso último dia. Assim sendo, nada melhor que termos como advogada Aquela que nos obterá toda espécie de graças para chegarmos bem diante do supremo Juiz. Está, portanto, em nossas mãos a arma para a salvação, tanto nossa como deste caótico e desmoralizado mundo de hoje.
As Indulgências.
Devoção tão recomendada pelos Papas e tão aprovada pela Igreja, é o Rosário da Virgem Santíssima cumulado de indulgências.
Indulgência é uma remissão da pena temporal dos pecados. Com a confissão que fazemos de nossos pecados, somos perdoados de nossas culpas, mas permanecem as penas temporais devidas ao pecado.
O cumprimento da penitência imposta pelo sacerdote, após a absolvição, satisfaz parcialmente as penas temporais. Os sofrimentos que padecemos ajudam também a pagar tais penas. Contudo podem ainda aliviar as penas temporais as indulgências que a Igreja concede às almas em estado de graça, pelos méritos de Nosso Senhor e de Sua Santíssima Mãe e dos santos.
Mas as indulgências são concedidas, sob certas condições, por determinados atos de piedade. Um deles é a recitação do Rosário. Quando o rezamos em igreja, em oratório público ou em família, ou ainda em comunidade religiosa, lucramos uma indulgência plenária (libera no todo a pena temporal), e quando rezamos o Rosário em outras circunstâncias, lucramos indulgência parcial (libera em parte a pena).
Mesmo rezando apenas um Terço do Rosário podemos lucrar a indulgência plenária, mas as cinco dezenas devem ser recitadas (oração vocal) sem interrupção e meditando (oração mental) cada um dos cinco mistérios.
Nossa Senhora do Rosário, terror dos demônios.
Por imposição de Deus, o próprio demônio, em algumas circunstâncias, foi obrigado a confessar — muito a contragosto em alguns exorcismos... — que a Santíssima Virgem era sua maior inimiga, pois Ela conseguia salvar almas que estavam já em suas garras, praticamente condenadas ao inferno.
Nossa Senhora é o Terror dos demônios, Aquela que esmaga a cabeça da serpente infernal, como é representada em muitas de suas imagens – na Medalha Milagrosa, por exemplo. Em seu famosíssimo Tratado da Verdadeira Devoção, São Luís Maria Grignion de Montfort escreve: "Maria é a mais terrível inimiga que Deus armou contra o demônio”.
E, ainda nesse mesmo sentido: “Armai-vos, pois, com estas armas de Deus, armai-vos do santo Rosário e esmagareis a cabeça do demônio, e vivereis tranqüilos contra todas suas tentações. Daí vem que o Rosário, mesmo o objeto material, seja tão terrível ao diabo, que os Santos se tenham servido dele para encadear o demônio e expulsá-lo do corpo dos possessos, segundo testemunham várias histórias”.
De onde se vê que é excelente ter sempre consigo o Terço no bolso, durante o dia, e à noite ao pescoço ou sob o travesseiro.
Uma arma por excelência da vitória sobre o mal.
Depois da Santa Missa o Rosário é a arma secreta mais poderosa que Deus coloca nas mãos de seus fiéis soldados, na luta contra Satanás e seus sequazes que andam pelo mundo para perder as almas. Esta poderosíssima arma está à disposição de todos os católicos devotos do Rosário da Santíssima Virgem. Com ela receberemos proteção nos assaltos do demônio e estaremos prontos a enfrentar todas as dificuldades desta vida.
Quem nos garante isto é o próprio São Luís Grignion de Montfort:
“Ainda que vos encontrásseis à beira do abismo ou já tivésseis um pé no inferno; ainda que tivésseis vendido vossa alma ao diabo, ainda que fôsseis um herege endurecido e obstinado como um demônio, cedo ou tarde vos converteríeis e salvaríeis, desde que (vos repito, e notai as palavras e os termos de meu conselho) rezeis devotamente todos os dias o Santo Rosário até a morte, para conhecer a verdade e obter a contrição e o perdão de vossos pecados”.
Benefícios e graças que podemos conseguir rezando o Santo Rosário com a meditação dos mistérios:
> Eleva-nos insensivelmente ao perfeito conhecimento de Jesus Cristo;
> purifica nossas almas do pecado;
> permite-nos vencer a nossos inimigos;
> facilita-nos a prática das virtudes;
> abrasa-nos no amor de Jesus Cristo;
> habilita-nos a pagar nossas dívidas para com Deus e os homens;
> por fim, obtém-nos de Deus toda espécie de graças.
São Luís Grignion de Montfort
(Obras de San Luis Maria Grignion de Montfort, El secreto admirable del Santissimo Rosario, Biblioteca de Autores Cristianos, Madrid, 1954, p. 353).
As orações do Rosário.
Credo. (Creio)
“Creio em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador do Céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, JESUS CRISTO, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. E se encarnou pelo ESPÍRITO SANTO, no seio da Virgem MARIA e se fez homem. Também por nós homens, foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do PAI. De novo há de vir em Sua Glória, para julgar os vivos e os mortos; e o Seu Reino não terá fim. Creio no ESPÍRITO SANTO, Senhor que dá a vida, e procede do PAI e do FILHO. Com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: ELE que falou pelos profetas. Creio na Igreja uma, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo que há de vir. Amém.”
Pai-Nosso.
Pai nosso que estais no Céu, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
Ave-Maria.
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus e nossa mãe, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
Glória.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre e por todos os séculos dos séculos. Amém.
Ó meu bom Jesus... (oração ensinada na Aparição de Fátima - Portugal.)
Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.
Salve Rainha.
Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, degredados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. E, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto de vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.
Lembrai-Vos.
Lembrai-Vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à Vossa proteção, implorado a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, ó Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e gemendo sob o peso de meus pecados, me prostro a Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Assim seja. Amém.
OS 15 MISTÉRIOS DO SANTO ROSÁRIO
Para rezar o Rosário:
Inicia-se com o sinal da Cruz; ato de contrição (pedido de perdão a Deus), uma invocação ao Divino Espírito Santo (Vinde Espírito Santo... coloca-se as intenções por quem que é oferecido); reza-se o Creio...; 1 Pai Nosso 3 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai...; anuncia-se o Mistério e segue com 1 Pai Nosso e 10 Ave-Marias em cada, até completar os 15 Mistérios; termina com uma Salve Rainha.
No final de cada Mistério reza-se a Jaculatória ensinada por N.Senhora em Fátima, (Ó Meu Bom Jesus Perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem.)
A reza de cada dez Ave-Marias está acompanhada pela meditação do mistério respectivo.
Mistérios Gozosos
Segundas e Quintas
Primeiro Mistério Gozoso: A Anunciação do Anjo Gabriel à Maria. (São Lucas 1,28)
Segundo Mistério Gozoso: A Visita de Maria à sua prima Isabel. (São Lucas 1,41,42)
Terceiro Mistério Gozoso: O Nascimento de Jesus (São Lucas 2,7)
Quarto Mistério Gozoso: A Apresentação do Menino Jesus no templo (São Lucas 2,22-23)
Quinto Mistério Gozoso: O Encontro de Jesus no templo (São Lucas 2,46)
Mistérios Dolorosos
Terças e Sextas
Primeiro Mistério Doloroso: A Oração de Jesus no Horto (São Lucas 22,43-44)
Segundo Mistério Doloroso: A Flagelação de Jesus Cristo (São João 19,1)
Terceiro Mistério Doloroso: A Coroação de Espinhos (São Mateus 27,28-29)
Quarto Mistério Doloroso: Jesus Cristo leva a Cruz (São João19,17)
Quinto Mistério Doloroso: A Crucificação e Morte de N.S.J.C. (São Lucas 23:46)
Mistérios Gloriosos
Quartas, Sábados, e Domingos
Primeiro Mistério Glorioso: A Ressurreição de N.S.J.C, (São Marcos 16,6)
Segundo Mistério Glorioso: A Ascensão de Jesus Cristo ao Céu. (São Marcos 16,19)
Terceiro Mistério Glorioso: A Vinda do Divino Espírito Santo (Atos dos Apóstolos 2,4)
Quarto Mistério Glorioso: A Assunção da Virgem Maria (Judite 15,10-11)
Quinto Mistério Glorioso: A Coroação de Maria Santíssima (Apocalipse 12,1)
A Virgem Santíssima em Fátima e o pedido ao Santo Rosário.
Quando Lúcia perguntou à Santíssima Virgem, na aparição de 13 de outubro de 1917, em Fátima, o que desejava, Ela respondeu:
“Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra; que sou a Senhora do Rosário; que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias”.
“Rezar o Terço todos os dias” — Que conselho mais excelente que este? Que criatura mais elevada que a Virgem Santíssima poderia transmiti-lo? Sendo que a própria Mãe de Deus – e também nossa Mãe – nos faz esse pedido, como poderemos recusá-lo? Impossível seria! Atendendo-A, seremos atendidos e alcançaremos todas as graças que suplicarmos com fé e confiança.
Em várias outras aparições Nossa Senhora recomendou a devoção ao Rosário, mas especialmente em Fátima Ela insistiu nessa prática marial como meio para se obter a conversão do mundo. Apresentando-se como a Senhora do Rosário, Ela veio alertar o mundo para os terríveis castigos que ocorreriam caso não se desse uma conversão geral; caso os homens não deixassem de ofender a Deus com seus pecados e não houvesse uma reparação por esses pecados.
Isto se passou no início do século XX. Neste início do século XXI, quem se atreveria a dizer que tais pedidos foram atendidos? Claro que ninguém! Basta olhar um pouco em torno de nós, para ver justamente o contrário: a decadência moral acentua-se dia a dia; os Mandamentos de Deus são abandonados; os pecados aumentam; as ofensas a Nosso Senhor tornam-se ainda mais agressivas. Basta abrir os jornais, para constatar a alarmante dissolução da família, as modas imorais, o nudismo, o aborto, a prostituição, as drogas, o homossexualismo etc.
Em vista disso, a Senhora de Fátima pede-nos “oração, penitência e reparação”. Insiste na recitação diária do Rosário, para a conversão das almas pecadoras e do mundo.
Paz e Bem!
Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/2.%20Segunda%20Página/O%20Poder%20do%20Rosário.htm#As%20Ora%C3%A7%C3%B5es%20do%20Ros%C3%A1rio (10/05/2010).
--Postado por Frei Fernando,OFMConv. no A CAMINHO DA ETERNIDADE em 5/13/2010 10:45:00 AM
segunda-feira, 10 de maio de 2010
São Paulo contra o Adventismo do Sétimo Dia
“Assim a lei se nos tornou pedagogo encarregado de levar-nos a Cristo, para sermos justificados pela fé. Mas, depois que veio a fé, já não dependemos de pedagogo, porque todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo”. (Gl 2,24-26).
Introdução
Um ramo bem particular do Protestantismo é o Adventismo do Sétimo Dia, principalmente pelo seu sincretismo entre os princípios da Reforma e a Lei judaica. Como toda denominação protestante dizem que sua doutrina se baseia única e exclusivamente na Bíblia, mas, no entanto é a própria Bíblia que os desmentem. Como seria demasiado longo escrever sobre todos os pontos em que a doutrina adventista se choca com a Sagrada Escritura e sobre os ensinamentos dela que são totalmente desprezados, neste trabalho trataremos somente da doutrina paulina. Com efeito, ninguém foi mais duro com os judaizantes do que S. Paulo.
A autoridade do AT e do NT
Para os adventistas o AT e o NT possuem a mesma autoridade. Defendem esta tese com as seguintes palavras de S. Paulo: "Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça" (2 Tm 3,16).
Dizem eles “Toda é Toda”, concluindo que não se pode ter preferência pelo NT em detrimento ao AT.
Com efeito, de forma alguma negamos a inspiração divina do AT, nem tampouco dizemos que dele não se deve tirar proveito. Entretanto é o próprio Apóstolo que diz que a Lei não vale mais com o advento de Cristo:
“Irmãos, vou apresentar-vos uma comparação de ordem humana. Se um testamento for feito em boa e devida forma, por quem quer que seja, ninguém o pode anular ou acrescentar-lhe alguma coisa. Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: aos seus descendentes, como se fossem muitos, mas fala de um só: e a tua descendência, isto é, a Cristo. Afirmo, portanto: a lei, que veio quatrocentos e trinta anos mais tarde, não pode anular o testamento feito por Deus em boa e devida forma e não pode tornar sem efeito a promessa. Porque, se a herança se obtivesse pela lei, já não proviria da promessa. Ora, pela promessa é que Deus deu o seu favor a Abraão. Então que é a lei? É um complemento ajuntado em vista das transgressões, até que viesse a descendência a quem fora feita a promessa; foi promulgada por anjos, passando por um intermediário. Mas não há intermediário, tratando-se de uma só pessoa, e Deus é um só. Portanto, é a lei contrária às promessas de Deus? De nenhum modo. Se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, em verdade a justiça viria pela lei; mas a Escritura encerrou tudo sob o império do pecado, para que a promessa mediante a fé em Jesus Cristo fosse dada aos que crêem. Antes que viesse a fé, estávamos encerrados sob a vigilância de uma lei, esperando a revelação da fé. Assim a lei se nos tornou pedagogo encarregado de levar-nos a Cristo, para sermos justificados pela fé. Mas, depois que veio a fé, já não dependemos de pedagogo, porque todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo”. (Gl 2,15-26) (grifos meus).
Aqui S. Paulo expõe muito bem a distinção de autoridade entre o AT e o NT. O Primeiro é o ministério da Lei através de Moisés, o segundo é ministério da Graça através de Cristo. O primeiro teve sua utilidade, mas pela Fé em Cristo não dependemos mais dele. Para S. Paulo o AT não é igual ao NT, nem tem a mesma autoridade. Interessante, pois aqui S. Paulo mostra que o NT é mais antigo que o AT.
Ainda: “Sepultados com ele [Cristo] no batismo, com ele também ressuscitastes por vossa fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos. Mortos pelos vossos pecados e pela incircuncisão da vossa carne, chamou-vos novamente à vida em companhia com ele. É ele que nos perdoou todos os pecados, cancelando o documento escrito contra nós, cujas prescrições nos condenavam. Aboliu-o definitivamente, ao encravá-lo na cruz" (Cl 2,12-14) (grifos meus).
S. Paulo mais uma esclarece que o AT foi abolido por Cristo na Cruz. Para os sabatistas o Apóstolo está se referindo apenas às observâncias cerimoniais. Ora, desde quando estas observâncias acusavam os judeus? O que os acusavam eram as prescrições morais da Lei (cf. Tg 2,10-11). Mas os sabatistas que dizem ter a Bíblia como única regra de Fé e prática dizem que tais prescrições ainda valem para nós cristãos.
A doutrina Paulina entre os Testamentos também é expressa de forma clara em Hebreus 9.
Sobre os Dez Mandamentos
Para os sabatistas dos Dez Mandamentos conforme constam na letra do AT são irrevogáveis. Daí concluem que os cristãos ainda estão obrigados à observância do Sábado dos judeus.
Vejamos o que S. Paulo diz sobre os Dez Mandamentos:
"Ora, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de tal glória que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos no rosto de Moisés, por causa do resplendor de sua face (embora transitório), quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito! Se o ministério da condenação já foi glorioso, muito mais o há de sobrepujar em glória o ministério da justificação! Aliás, sob esse aspecto e em comparação desta glória eminentemente superior, empalidece a glória do primeiro ministério. Se o transitório era glorioso, muito mais glorioso é o que permanece!" (2Cor 3,7-11) (grifos meus).
A Escritura não deixa dúvidas de que o Apóstolo estava se referindo aos Dez Mandamentos. S. Paulo se refere a um evento registrado no Êxodo:
"Moisés ficou junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras. Moisés desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas da lei. Descendo do monte, Moisés não sabia que a pele de seu rosto se tornara brilhante, durante a sua conversa com o Senhor. E, tendo-o visto Aarão e todos os israelitas, notaram que a pele de seu rosto se tornara brilhante e não ousaram aproximar-se dele" (Ex 34,28-30) (grifos meus).
Para S. Paulo o Decálogo era transitório e tornou-se pálido com o advento de Cristo. Enquanto para os sabatistas ele é eterno e vivo. Ver ainda 2Cor 3,2-3.
Sobre o Sábado e comidas
Os adventistas crêem que os cristãos devem guardar o Sábado e que devem se abster de carne de porco. Porém, S. Paulo escreveu aos Colossenses: "Ninguém, pois, vos critique por causa de comida ou bebida, ou espécies de festas ou de luas novas ou de sábados. Tudo isto não é mais que sombra do que devia vir. A realidade é Cristo" (Col 2,16-17) (grifos meus).
Dizem os adventistas que S. Paulo estava se referindo aos sábados festivos e comemorativos. Porém, S. Paulo utiliza aqui a palavra grega Sabbaton, que quando utilizada na forma como empregou o Apóstolo (sem ser precedida de numeral ordinal: primeiro, segundo e etc) significa Sétimo Dia. No NT TODAS AS VEZES em que este ela aparece nesta forma refere-se ao Sétimo Dia. Por quê só em Col 2,16 não?
Os sábados comemorativos são as festas e as luas novas (cf. Nm 10,10; 1Cr 23,31; Jt 8,9; Is 1,13-14; Os 2,13). Se S. Paulo estivesse referindo-se somente aos sábados comemorativos não relacionaria do Sétimo Dia ao lado das festas e luas novas.
S. Paulo ensina aos Colossenses que os cristãos não devem ser incomodados por causa de comida e bebida, entretanto Ellen White prescreveu uma série de restrições alimentares.
No Domingo acontecia a Ceia do Senhor, reunião de adoração a Deus
Em 1Cor 11 S. Paulo dá instruções sobre como os fiéis devem se comportar nas reuniões de Culto a Deus. Os versículos 20 e diante tratam exatamente da Ceia do Senhor que era ordinariamente celebrada no primeiro dia da semana, isto é, Domingo (cf. At 20,7). Ainda em 1Cor 16,2 há instruções sobre as coletas. Isso prova que a Ceia do Senhor não era uma mera reunião de refeição como ensina Ellen White. Prova também que o Domingo desde os tempos apostólicos já era observado como dia de culto.
O Juízo Investigativo
Ellen White ensina que Jesus em 22 de Outubro de 1844 entrou no Santuário Celeste para espiar os pecados dos homens. Porém em Hebreus lemos: "[...] [Cristo] Depois de ter realizado a purificação dos pecados, está sentado à direita da Majestade no mais alto dos céus" (Hb 1,3). Logo Jesus não realizou a expiação dos pecados em 1844, mas com seu sacrifício na Cruz.
Também consta em Hebreus: "Porém, já veio Cristo, Sumo Sacerdote dos bens vindouros. [...] sem levar consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seu próprio sangue, entrou de uma vez por todas no santuário, adquirindo-nos uma redenção eterna" (Hb 9,11-12) (grifos meus). A Escritura ensina que Cristo entrou no santuário celeste logo após sua morte e não em 22 de Outubro de 1844.
Jesus tinha pecado?
Ellen White ensina que Jesus era tudo semelhante a nós, inclusive no pecado. Como pode Deus ser inimigo de Si mesmo, já que o pecado é uma ofensa a Ele? É claro que a Escritura rechaça tamanho absurdo. Veremos qual é o ensino Paulino sobre esta matéria:
"E esta aliança da qual Jesus é o Senhor, é-lhe muito superior. Além disso, os primeiros sacerdotes deviam suceder-se em grande número, porquanto a morte não permitia que permanecessem sempre. Este, porque vive para sempre, possui um sacerdócio eterno. É por isso que lhe é possível levar a termo a salvação daqueles que por ele vão a Deus, porque vive sempre para interceder em seu favor. Tal é, com efeito, o Pontífice que nos convinha: santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e elevado além dos céus, que não tem necessidade, como os outros sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro pelos pecados próprios, depois pelos do povo; pois isto o fez de uma só vez para sempre, oferecendo-se a si mesmo" (Hb 7,22-27) (grifos meus).
É a própria Escritura na qual os adventistas dizem ser sua regra única de Fé que afirma que Jesus não tinha necessidade de oferecer sacrifícios por seus pecados, pois eles eram inexistentes, pois era “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores”. É um absurdo que tamanha heresia seja ensinada como doutrina cristã autêntica.
Quem obterá vitória sobre o Demônio?
Ellen White ensina que a “Igreja Remanescente”, isto é, a Igreja Adventista, obterá a vitória final contra o Demônio. Entretanto lemos na carta aos Romanos: "a todos os que estão em Roma, queridos de Deus, chamados a serem santos: a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo! Primeiramente, dou graças a meu Deus, por meio de Jesus Cristo, por todos vós, porque em todo o mundo é preconizada a vossa fé [...] O Deus da paz em breve não tardará a esmagar Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja convosco!" (Rm 1,7-8.20) (grifos meus).
S. Paulo não só ensina como também profetisa que a vitória será da Igreja Romana.
Conclusão
Seria necessário escrever um livro para apresentar todas as contradições da doutrina adventista em relação à Bíblia. Tais contradições são gritantes e bradam até aos céus!
Aos seguidores de Ellen White valem ainda as palavras de S. Paulo: "Purificai-vos do velho fermento, para que sejais massa nova, porque sois pães ázimos, porquanto Cristo, nossa Páscoa, foi imolado" (1 Cor 5,7). Com efeito, ainda estão ligados ao velho fermento dos fariseus (cf. Mt 16,6), por isso possuem tanta dificuldade em aceitar toda a Graça de Cristo. Também sobre isso S. Paulo ensinou: "Não fazemos como Moisés, que cobria o rosto com um véu para que os filhos de Israel não fixassem os olhos no fim daquilo que era transitório [o Decálogo]. Em conseqüência, a inteligência deles permaneceu obscurecida. Ainda agora, quando lêem o Antigo Testamento, esse mesmo véu permanece abaixado, porque é só em Cristo que ele deve ser levantado. Por isso, até o dia de hoje, quando lêem Moisés, um, véu cobre-lhes o coração. Esse véu só será tirado quando se converterem ao Senhor" (2 Cor 2,13-16).
Dizem os adventistas que as obras de Ellen White são uma “luz menor” que explica a “luz maior” que é a Bíblia. Entretanto a prática é bem outra: os livros de Ellen White são a verdadeira Regra da Fé para os adventistas. Para que a doutrina adventista tivesse coerência com seus próprios princípios deveria fazer como os ebionitas que recusaram como Escritura todas as cartas de S. Paulo.
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